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Economia

- Publicada em 12 de Novembro de 2019 às 18:23

Banco do Brics pode financiar projetos de estados

Cônsul-geral do Brasil em Xangai, Gilberto Moura observa maior interesse pela China

Cônsul-geral do Brasil em Xangai, Gilberto Moura observa maior interesse pela China


GUILHERME KOLLING/ESPECIAL/JC
Guilherme Kolling
Começa nesta quarta-feira (13) em Brasília a XI Cúpula do Brics, com a presença de chefes de Estado de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Além de reuniões bilaterais e acordos de cooperação entre os países, o cônsul-geral do Brasil em Xangai, Gilberto Fonseca-Guimarães de Moura, chama a atenção para o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição financeira do Brics, que também pode financiar projetos de estados.
Começa nesta quarta-feira (13) em Brasília a XI Cúpula do Brics, com a presença de chefes de Estado de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Além de reuniões bilaterais e acordos de cooperação entre os países, o cônsul-geral do Brasil em Xangai, Gilberto Fonseca-Guimarães de Moura, chama a atenção para o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição financeira do Brics, que também pode financiar projetos de estados.
“Recomendo aos estados que fiquem atentos. É uma excelente oportunidade para entender como buscar financiamentos no banco, o que é necessário fazer, como o banco pode atuar”, aponta Moura. Em junho de 2020, o Brasil assumirá a presidência do NDB.
O diplomata observa que projetos do governo federal costumam estar mais bem elaborados e prontos, com destaque para o trabalho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Enquanto isso, propostas de governos estaduais, em alguns casos, não estão tão maduras, o que dificulta a obtenção de financiamentos.
Atuando na China há quase dois anos, Moura destaca a ida do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil pouco tempo depois da visita do presidente Jair Bolsonaro à China, o que demonstra “vínculos sólidos” entre as nações.
Além da importância das relações bilaterais entre os dois países – o gigante asiático é o maior parceiro comercial do Brasil e mantém um estoque de US$ 70 bilhões em investimentos no País –, Moura vê um crescente interesse pela China no período em que está à frente do Consulado.
Ele assumiu o posto em janeiro de 2018 e, desde então, acompanha sucessivas visitas. A movimentação inclui ministros, parlamentares, mas também representantes das outras instâncias de poder. “Nunca vi um movimento tão denso. São governadores, vice-governadores, municípios, todas as esferas governamentais”, enumerou o diplomata durante entrevista ao Jornal do Comércio, concedida após um almoço de Moura com deputados federais que cumpriam agenda em Xangai.
Em junho, o governador de São Paulo, João Doria, inaugurou um escritório do estado paulista na megalópole chinesa. Chefes de Executivo do Nordeste também estão mobilizados em levar projetos à China, assim como Rio de Janeiro e Minas Gerais. Já há mobilização dos estados da Região Sul. E a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estuda criar um posto avançado na cidade.
Embora a ênfase no comércio bilateral esteja nas commodities, Moura vê espaço para o País vender produtos e promover negócios em outros segmentos – o Consulado, por exemplo, trabalha, desde o ano passado, com um setor focado em ciência, tecnologia e inovação.
A região de Xangai e províncias do entorno concentra multinacionais e tem um PIB superior ao da Alemanha. Grandes empresas brasileiras como Marcopolo, Vale e Petrobras mantém unidades próprias nesta parte da China.
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