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Economia

- Publicada em 05 de Novembro de 2019 às 21:20

China mostra interesse em projetos do Rio Grande do Sul

Cônsul Chen Peijie, responsável pela Região Sul, quer visitar o Estado

Cônsul Chen Peijie, responsável pela Região Sul, quer visitar o Estado


GUILHERME KOLLING/ESPECIAL/JC
Guilherme Kolling
Há dois anos atuando em São Paulo, a cônsul-geral da China no Brasil, Chen Peijie, demonstra interesse em ampliar os negócios com o Rio Grande do Sul. Responsável pelos estados da Região Sul, a diplomata observa que uma das ferramentas para impulsionar a cooperação entre os dois países na área de infraestrutura é a apresentação de projetos para empresas chinesas capazes de fazer investimentos e realizar as obras. Peijie cita o exemplo do estado de São Paulo, com quem já promoveu uma rodada de "diálogos de cooperação pragmática". A diplomata, que já esteve cinco vezes em solo gaúcho, reconhece o Rio Grande do Sul como um estado do agronegócio e acredita que as vendas do setor agrícola para a China seguirão aumentando. Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, concedida durante o 4º Fórum de Mídia do Brics, realizado na semana passada em São Paulo, a cônsul chinesa manifestou vontade de visitar o Rio Grande do Sul, o que ainda não fez desde a posse do governador Eduardo Leite. A organização da agenda, entretanto, deve ficar para depois da XI Cúpula do Brics, que acontece em Brasília nos dias 13 e 14 de novembro.
Há dois anos atuando em São Paulo, a cônsul-geral da China no Brasil, Chen Peijie, demonstra interesse em ampliar os negócios com o Rio Grande do Sul. Responsável pelos estados da Região Sul, a diplomata observa que uma das ferramentas para impulsionar a cooperação entre os dois países na área de infraestrutura é a apresentação de projetos para empresas chinesas capazes de fazer investimentos e realizar as obras. Peijie cita o exemplo do estado de São Paulo, com quem já promoveu uma rodada de "diálogos de cooperação pragmática". A diplomata, que já esteve cinco vezes em solo gaúcho, reconhece o Rio Grande do Sul como um estado do agronegócio e acredita que as vendas do setor agrícola para a China seguirão aumentando. Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, concedida durante o 4º Fórum de Mídia do Brics, realizado na semana passada em São Paulo, a cônsul chinesa manifestou vontade de visitar o Rio Grande do Sul, o que ainda não fez desde a posse do governador Eduardo Leite. A organização da agenda, entretanto, deve ficar para depois da XI Cúpula do Brics, que acontece em Brasília nos dias 13 e 14 de novembro.
Jornal do Comércio - Durante o Fórum de Mídia do Brics, foi apresentado um dado impressionante: 10 minutos de comércio entre Brasil e China, hoje, equivalem a um ano, se essa relação bilateral for comparada a 45 anos atrás. O comércio exterior Brasil-China continuará crescendo?
Chen Peijie - Há bastante tempo, esse comércio vem aumentando. Trabalho aqui em São Paulo há dois anos. No ano passado, esse comércio já atingiu a cifra de US$ 110 bilhões. Acho que isso é reflexo de que essa relação comercial vem aumentando cada vez mais. E penso que a nossa cooperação pragmática, tanto em indústrias quanto em novas tecnologias, entre outras áreas, vai ficar cada vez maior.
JC - O Rio Grande do Sul é um estado com grande produção agrícola, exporta soja, carnes, leite... É sustentável que a China continue aumentando as compras de produtos agrícolas do Brasil?
Peijie - Já estive no Rio Grande do Sul cinco vezes e tenho consciência de que é um estado de agronegócio. O presidente (Jair) Bolsonaro esteve na China há alguns dias e assinou com o governo chinês vários acordos, especialmente na área de agricultura. Penso que o Rio Grande do Sul pode se beneficiar dessa relação cada vez mais estreita entre os dois países. A China está comprando cada vez mais carnes de bovinos, de frangos, de suínos do Brasil. Não me lembro exatamente o número, mas estão aumentando, sim.
JC - Na área de infraestrutura, o Rio Grande do Sul está recebendo investimentos em transmissão de energia. Através de parcerias, há possibilidades em outras áreas da infraestrutura, como estradas, hidrovias... Os investimentos chineses devem aumentar em 2020, 2021 ou isso depende de fatores como legislação e proposta dos governos?
Peijie - Quando você faz a pergunta, também dá uma resposta... Agora, o estoque de investimento chinês no Brasil já ultrapassou US$ 70 bilhões, sendo US$ 30 bilhões aproximadamente no estado de São Paulo. E acho que muitas empresas chinesas estão com bons olhos para a situação brasileira, embora a retomada da economia brasileira ainda seja um pouco lenta. Mas várias empresas chinesas já visitaram o Brasil para explorar o potencial de cooperação. Acho que o Brasil tem uma demanda por infraestrutura, e as nossas empresas chinesas têm tecnologia e capacidade para atender, podendo fazer cooperação recíproca.
JC - A senhora poderia dar exemplos?
Peijie - Neste ano, em junho, o Consulado da China realizou um evento para promover diálogos de cooperação pragmática. Esse encontro foi realizado com o governo do estado de São Paulo, que apresentou alguns projetos específicos para empresas chinesas. E as empresas chinesas puderam saber mais, ter mais conhecimento sobre o plano, o programa do estado de São Paulo. Foi um grande sucesso. Penso que podemos realizar eventos desses no Rio Grande do Sul. E aumentarmos entendimentos mútuos em forma de diálogos e intercâmbios. Desde a posse do novo governo do Estado (em janeiro deste ano), ainda não fui ao Rio Grande do Sul. Por isso, tenho grande vontade de visitar o Estado. Agora, aguardemos os eventos grandes (Brics), mas, depois, vamos procurar contato.
JC - Qual a importância da realização do Fórum de Mídia do Brics, às vésperas da reunião de Cúpula do Brics em Brasília?
Peijie - É muito relevante. O grupo do Brics já obteve muitos resultados frutíferos, e a mídia é importante para falar com o mundo todo, com outros países, sobre nossos resultados. Penso que são as mídias que podem fazer esse trabalho, apresentar os países do Brics para todo o mundo de forma verdadeira.
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