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Economia

- Publicada em 04 de Novembro de 2019 às 20:28

Fim do parcelamento do IPVA gera críticas

Empresários do comércio e varejo temem o impacto negativo da medida

Empresários do comércio e varejo temem o impacto negativo da medida


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
O adiantamento da data de vencimento e o fim da possibilidade de parcelamento do IPVA por parte do Governo do Estado surpreendeu e desagradou entidades empresariais e líderes políticos do Estado. Após a repercussão negativa da notícia, o governo convidou deputados da base aliada e líderes de bancada para um café na manhã, no Palácio Piratini, nesta terça-feira (5), para discutir as medidas anunciadas.
O adiantamento da data de vencimento e o fim da possibilidade de parcelamento do IPVA por parte do Governo do Estado surpreendeu e desagradou entidades empresariais e líderes políticos do Estado. Após a repercussão negativa da notícia, o governo convidou deputados da base aliada e líderes de bancada para um café na manhã, no Palácio Piratini, nesta terça-feira (5), para discutir as medidas anunciadas.
O deputado estadual Fábio Branco (MDB) reclamou no Twitter que a medida revela "total falta de conexão do governo com a realidade das finanças do povo gaúcho". Branco lembrou que "muitos trabalhadores atuam em condições informais, portanto, não recebem décimo terceiro. Outros tantos utilizarão esse recurso extra para quitar dívidas e reduzir o valor pago em juros", destacou.
Empresários do comércio e varejo temem o impacto negativo dessa medida nas compras de datas como Black Friday e Natal. "O que me surpreendeu muito essa notícia foi que não houve negociação, não houve diálogo, não houve nada", lamenta o presidente do Sindilojas, Paulo Kruse. Ele explica que o comércio fez em agosto e setembro as compras de estoque para o fim do ano, especialmente dezembro quando as vendas tendem a dobrar, e que isso pode ser impactado. "Se tivéssemos sido avisados a tempo, não teríamos feito um provisionamento como se fez, porque a gente esperava o melhor Natal desde 2014", diz Kruse.
De acordo com a economista-chefe da Fecomércio, Patrícia Palermo, abril é o segundo mês de maior arrecadação de IPVA, perdendo apenas para dezembro, e que com a antecipação da data final de pagamento o dinheiro que seria arrecadado entre fevereiro e abril vai migrar para janeiro. Assim, esse adiantamento do vencimento do IPVA vai provocar uma realocação das despesas das famílias, e gastos com consumo no final do ano podem ser diminuídos para privilegiar o pagamento do imposto. "Como elas não vão ter tempo hábil para levantar recursos, isso vai gerar rearranjo de gastos, vindo do dinheiro destinado ao consumo de final de ano e uma parcela de recursos que pretendiam poupar, como FGTS e 13º".
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