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Trabalho

- Publicada em 03 de Novembro de 2019 às 21:46

Home office dá autonomia, mas sucesso exige regras

Tendência mundial, o trabalho remoto tem forte apelo pela liberdade criativa dos colaboradores

Tendência mundial, o trabalho remoto tem forte apelo pela liberdade criativa dos colaboradores


/VISUALHUNT/DIVULGAÇÃO/JC
Tendência mundial nas relações de trabalho, o home office atrai cada vez mais o interesse de empresas e trabalhadores de diversas áreas. Pesquisa da Ahgora e Convenia feita com mais de mil pessoas mostra que 58,8% dos trabalhadores consultados querem a oportunidade de trabalhar remotamente, enquanto 33,1% consideram a possibilidade. Apesar dos indicadores, ainda é alto o percentual de empresas que não possuem nenhuma política de home office: 63,6%.
Tendência mundial nas relações de trabalho, o home office atrai cada vez mais o interesse de empresas e trabalhadores de diversas áreas. Pesquisa da Ahgora e Convenia feita com mais de mil pessoas mostra que 58,8% dos trabalhadores consultados querem a oportunidade de trabalhar remotamente, enquanto 33,1% consideram a possibilidade. Apesar dos indicadores, ainda é alto o percentual de empresas que não possuem nenhuma política de home office: 63,6%.
Segundo Marcelo Furtado, CEO da Convenia, startup que desenvolve softwares na nuvem para melhorar a gestão de pessoas das empresas, essa área está passando por uma revolução, puxada pelos próprios funcionários. Furtado diz que o maior empecilho para a não adoção do trabalho remoto pelas empresas ainda é cultural, pois muitas ainda apostam na convivência do dia a dia. "É importante que haja uma mudança na estrutura inteira da empresa, por exemplo, na tomada de decisão", afirma.
Para o sucesso do home office, é preciso que as equipes de trabalho se conectem no mínimo uma vez ao dia para fazer uma discussão ou uma reunião formal de entrega, por exemplo. "De certa forma, o trabalho remoto exige um aumento de burocracia da empresa para que ninguém se sinta afastado, porque se não o que acontece é ter um monte de freelancers", diz Furtado.
Permitir e estimular a criatividade é um dos principais benefícios do trabalho remoto, afirma Camilo Barros, head de parcerias da VidMob, plataforma digital que conecta profissionais como designers e editores de vídeo com marcas globais. "A gente parte do princípio que não importa onde o criativo está, desde que ele seja bom", diz Barros. O profissional que ingressa na plataforma entra como prestador de serviços, e especifica questões como talentos, habilidades e tempo disponível de trabalho. "Temos um manifesto que fala da liberdade criativa para gerar melhor resultado. Para trabalhar para grandes marcas, você pode fazer isso do sofá da sua casa. Também tem gente que está viajando o mundo, e custeia sua viagem com os trabalhos disponibilizados."
A curadora musical Emely Jensen atua com home office há dois anos e meio, após a empresa em que atua tomar a decisão de encerrar sua sede física com o propósito de dar maior liberdade para os funcionários. Ela diz que a adaptação do trabalho físico para o remoto não foi tão difícil quando comparado com o período posterior a isso. Como pontos positivos do home office, ela destaca as possibilidades de fazer o próprio horário e trabalhar em viagens, por exemplo. Como pontos negativos, ela cita principalmente a questão da disciplina. "É bem difícil se disciplinar para fazer aquela tarefa que é necessária e não perder tempo com as distrações de casa", comenta. "Querer comer um negocinho fora de horário, ver televisão, tirar um cochilo, tu tens tudo isso disponível ali perto, então a tentação é muito grande."

Algumas vantagens do trabalho remoto

  • Proximidade da família
  • Maior independência
  • Redução do estresse decorrente do trânsito
  • Alimentação mais saudável
  • Incorporação da família à atividade
  • Maior liberdade profissional
  • Privacidade, desde que planejada
  • Redução de custos (aluguel, transporte, refeição e infraestrutura básica)
  • Facilidade de obtenção de franquias que não exigem pontos comerciais
  • Definição do próprio horário de trabalho
  • Planejamento dos próprios rendimentos
  • Rendimentos superiores aos níveis convencionais de mercado
  • Autogerenciamento profissional
 Fonte: Sebrae