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Economia

- Publicada em 31 de Outubro de 2019 às 18:40

Dólar à vista fecha em alta de 0,55%, mas termina outubro com baixa de 3,51%, aos aos R$ 4,0092

O real mais forte era esperado, visto que a comunicação do Comitê de Política Monetária (Copom)

O real mais forte era esperado, visto que a comunicação do Comitê de Política Monetária (Copom)


MARCELLO CASAL JR/ABR /JC
Agência Estado
O dólar à vista fechou em alta de 0,55% aos R$ 4,0092 depois de uma sessão com bastante volatilidade provocada pelo fechamento da Ptax de outubro, por questões externas envolvendo, entre outros temas, o conflito EUA x China, e também o noticiário político interno. Com o resultado de hoje, o dólar encerra o mês em queda de 3,51%. Com isso, devolve praticamente metade da alta acumulada no ano até o mês passado.
O dólar à vista fechou em alta de 0,55% aos R$ 4,0092 depois de uma sessão com bastante volatilidade provocada pelo fechamento da Ptax de outubro, por questões externas envolvendo, entre outros temas, o conflito EUA x China, e também o noticiário político interno. Com o resultado de hoje, o dólar encerra o mês em queda de 3,51%. Com isso, devolve praticamente metade da alta acumulada no ano até o mês passado.
O fortalecimento do dólar acontece em uma sessão que deveria ter sido pautada por queda do dólar, segundo agentes do mercado. O real mais forte era esperado, visto que a comunicação do Comitê de Política Monetária (Copom) de quarta foi interpretada como "menos dovish" do que o previsto. "O dia de hoje (quinta) era de dólar para baixo depois do comunicado do Copom", afirmou o sócio e gestor dos fundos multimercados da Quantitas, Rogério Braga.
Em relatório, os analistas do Citi demonstraram o mesmo entendimento. "Para o câmbio, o ambiente é positivo para o real, uma vez que um risco era um Copom excessivamente 'dovish'. Com esse risco mitigado, esperamos que o real continue sendo bem negociado no início de novembro e, assim, continuamos recomendando ficar comprado na moeda", escrevem os analistas.
"O mercado entrou para o 'trade' de venda na abertura da sessão mas, ao longo do dia, teve deterioração lá fora que gerou 'stops' (interrupção de perdas). O 'trade' do dia também sofreu com a história do 'AI-5'", diz Braga, referindo-se à sugestão do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de edição eventual de um novo Ato Institucional número 5.
"Há muitos ruídos nas questões políticas e todo mundo envolvido nisso, em vez de discutir as reformas. Tivemos a crise dentro do PSL há poucos dias. Nesta quinta, deputados da base governista entraram em novas discussões com o filho do presidente. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, critica o filho do presidente. Não que o mercado tenha grandes preocupações, porque as crises têm sido passageiras. Mas, num primeiro momento, a reação é de receio de que uma crise dessas venha a ficar maior", afirmou Braga. Ele disse ainda que a fala do deputado gerou desconforto, mas que, passado o fluxo técnico de "stops", o mercado voltou para o racional do dia (redução de posição comprada em dólar).
Essa desaceleração da alta do dólar ante o real sucedeu a reação do presidente Jair Bolsonaro à fala do filho em entrevista à imprensa. O presidente afirmou que "quem está falando sobre AI-5 está sonhando". "Não existe. AI-5 é no passado, existia outra Constituição, não existe mais. Esquece. Vai acabar a entrevista aqui", afirmou Bolsonaro.
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