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Economia

- Publicada em 30 de Outubro de 2019 às 18:14

Dólar fecha em queda a R$ 3,9872 após presidente do BC americano dar sinal

Powell sinaliza que o início de um ciclo de aperto monetário não está no horizonte do Fed

Powell sinaliza que o início de um ciclo de aperto monetário não está no horizonte do Fed


MARCELLO CASAL JR/ABR/JC
Agência Estado
A entrevista à imprensa do presidente do banco central americano, Jerome Powell, motivou a valorização global de ativos de risco, inclusive de moedas ante o dólar dos Estados Unidos. Alguns minutos depois de a coletiva com o presidente do Federal Reserve ter começado da tarde de quarta-feira (30), o dólar passou a cair ante o real. Na mínima, chegou a marcar R$ 3,9822 (-0,51%).
A entrevista à imprensa do presidente do banco central americano, Jerome Powell, motivou a valorização global de ativos de risco, inclusive de moedas ante o dólar dos Estados Unidos. Alguns minutos depois de a coletiva com o presidente do Federal Reserve ter começado da tarde de quarta-feira (30), o dólar passou a cair ante o real. Na mínima, chegou a marcar R$ 3,9822 (-0,51%).
No fechamento, o dólar à vista valia R$ 3,9872 em queda de 0,38%. Esse é o menor valor para um fechamento desde 13 de agosto.
O diretor de investimentos da Western Asset Management, Paulo Clini, entende que a diligência sinalizada por Powell na entrevista de hoje diante de uma eventual desaceleração da economia surtiu efeito sobre os mercados. "O presidente do Fed entende que a economia americana anda bem, que o mercado de trabalho está sólido e que, por isso, diz estar confortável com o atual nível de juros, não vendo necessidade de mais cortes. Mas, por outro lado, ele mostra atenção e disposição de reagir, caso a economia desacelere", disse Clini. Para o diretor da Western Asset, essa mensagem "dá segurança para ativos de risco em geral".
Além disso, Clini afirma que outro ponto muito importante da fala de Powell é quando ele sinaliza que o início de um ciclo de aperto monetário não está no horizonte do Fed neste momento. "Depois de entender que o Fed não vê mais necessidade de corte de juros, a pergunta que aparece é: quando o BC começa a subir os juros? E a resposta que Powell reforçou hoje é que um aumento da taxa não está no radar", disse o diretor da Western Asset. "Essa mensagem é muito poderosa, porque dá o conforto de ter a política monetária dos Estados Unidos no 'terreno acomodatício' por bastante tempo", diz Clini.
Diferentemente do desempenho no turno vespertino da sessão, o dólar teve uma manhã de valorização ante o real e marcou máxima intraday a R$ 4,0322. Agentes do mercado afirmaram ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a cena política gerou intranquilidade. O noticiário político teve como destaque o envolvimento do nome do presidente Jair Bolsonaro no caso do homicídio da vereadora Marielle Franco (PSOL) do Rio de Janeiro - situação que pautou manifestações do presidente e de seus filhos desde ontem à noite em redes sociais.
Na primeira hora da sessão, a alta do dólar ante o real também foi justificada pela possibilidade de um atraso na assinatura da chamada "fase 1" do acordo comercial entre Estados Unidos e China e pela divulgação do crescimento anualizado de 1,9% do PIB americano na primeira leitura do terceiro trimestre. O resultado veio acima do esperado (+1,6%).
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