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Economia

- Publicada em 23 de Outubro de 2019 às 22:01

Corsan faz aposta em PPPs contra déficit no saneamento

Barbuti e Soares defendem modelo de concessão para qualificar serviço

Barbuti e Soares defendem modelo de concessão para qualificar serviço


LUIZA PRADO/JC
Jefferson Klein
Expandir o modelo de Parceria Público-Privada (PPP) que está propondo para a Região Metropolitana e a outras áreas do Estado é uma das formas que a Corsan está analisando para melhorar a qualidade do saneamento. Conforme o diretor-presidente da empresa, Roberto Barbuti, do total do esgoto gerado em municípios atendidos pela companhia, somente em torno de 15% do volume passa pela coleta e pelo tratamento adequados, sendo que o patamar deveria ser, pelo menos, entre 80% e 90%.
Expandir o modelo de Parceria Público-Privada (PPP) que está propondo para a Região Metropolitana e a outras áreas do Estado é uma das formas que a Corsan está analisando para melhorar a qualidade do saneamento. Conforme o diretor-presidente da empresa, Roberto Barbuti, do total do esgoto gerado em municípios atendidos pela companhia, somente em torno de 15% do volume passa pela coleta e pelo tratamento adequados, sendo que o patamar deveria ser, pelo menos, entre 80% e 90%.
O dirigente recorda que boa parte dos rejeitos é destinada aos sistemas de fossas sépticas. Porém essa ação não representa a melhor solução, pois muitas das estruturas não são adequadamente tratadas e não é dado o encaminhamento dos dejetos de forma correta. Barbuti enfatiza que a Corsan é saudável, mas registra um déficit de entregas de obras. Para tentar reverter esse cenário, em agosto, a companhia lançou o edital de licitação para elevar a cobertura de tratamento de esgoto nas cidades de Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Eldorado do Sul, Esteio, Gravataí, Guaíba, Sapucaia do Sul e Viamão.
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Na Região Metropolitana, o nível de coleta e tratamento do esgoto é por volta de 30%, maior que a média geral da Corsan, e, com a PPP, a meta é chegar a um percentual próximo de 90%, em 10 a 11 anos. As propostas quanto à PPP serão entregues no dia 25 de novembro, e, no dia 29, ocorrerá o leilão por viva-voz.
Barbuti prefere não estimar o número de empresas que deverão entrar na disputa por essa parceria, entretanto destaca que a Corsan já está articulando a elaboração de novas PPPs. A ideia é expandir esse modelo e entre as áreas que estão mais próximas de realizar iniciativas semelhantes estão as da Serra e Hortênsias. No caso da Região Metropolitana, o vencedor da PPP será quem cumprir os requisitos técnicos básicos e oferecer o menor custo por metro cúbico de esgoto tratado. O investimento total previsto pela parceria é de R$ 2,2 bilhões, sendo que R$ 380 milhões são obras em andamento da Corsan e o restante, aporte privado. O parceiro receberá da companhia controlada pelo governo gaúcho contraprestações que remunerarão o custo de operação e o investimento na ampliação da rede de saneamento. O contrato terá duração de 35 anos.
O diretor-executivo da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), Percy Soares Neto, salienta que o setor privado confia que a PPP da Corsan será um sucesso. "É muito importante para o segmento de saneamento que esse tipo de modelo comece a ser uma realidade", frisa. O dirigente acrescenta que é a maior PPP do setor sendo discutida hoje no País.
Soares Neto e Barbuti foram os palestrantes da reunião-almoço Tá na Mesa realizada nessa quarta-feira pela Federasul. Também presente ao encontro, o secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos Júnior, destacou que, até o final do próximo ano, o governo gaúcho concluirá o plano estadual de saneamento no qual serão colocadas metas para as empresas que prestam esse serviço no Rio Grande do Sul. "É uma questão de meio ambiente e saúde", reforça.
Lemos adianta, ainda, que está no planejamento da Corsan a sua oferta pública de ações (IPO), porém prefere não estipular o prazo para essa medida. O lucro da companhia foi de R$ 292 milhões no ano passado e deve ficar próximo a isso em 2019.
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