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Tecnologia

- Publicada em 28 de Outubro de 2019 às 21:08

Alexa chega ao Brasil e atrai grandes fabricantes

Serviço de voz aprende conforme vai interagindo com os usuários

Serviço de voz aprende conforme vai interagindo com os usuários


/POSITIVO/DIVULGAÇÃO/JC
A Alexa, serviço de voz da Amazon baseado na nuvem, aterrissou, neste mês, no Brasil, falando português e com funcionalidades que deverão ser a ponta de lança para a automatização residencial no País. Foi assim nos Estados Unidos, com a marca capitaneando essa disseminação, e tem tudo para se repetir por aqui.
A Alexa, serviço de voz da Amazon baseado na nuvem, aterrissou, neste mês, no Brasil, falando português e com funcionalidades que deverão ser a ponta de lança para a automatização residencial no País. Foi assim nos Estados Unidos, com a marca capitaneando essa disseminação, e tem tudo para se repetir por aqui.
A assistente inteligente, que aprende conforme vai interagindo com os usuários, está disponível no Amazon Echo, Echo Dot e Echo Show 5, a partir de R$ 349,00. "No Brasil, a Alexa é brasileira. Construímos uma experiência totalmente nova, que honra o idioma e a cultura únicos do Brasil, permitindo que os consumidores simplesmente peçam para tocar uma música, ouvir as notícias e ter informações sobre o clima, controlar sua casa inteligente e muito mais", explica o vice-presidente da Amazon Alexa, Toni Reid.
O sócio da everis responsável por Digital Technology no Brasil, Pedro Javier López Martínez, afirma que, em pouco tempo, esses aparelhos, inevitavelmente, vão ocupar todo e qualquer lugar em nossa casa. "O lançamento no Brasil é um ponto de inflexão na era digital para residências e empresas. O número de residências que possuem assistentes de voz está em constante expansão, superando as inovações anteriores, como o computador ou o celular", analisa.
Os gastos de consumidores e empresas em equipamentos de assistência virtual superarão US$ 3,5 bilhões em 2021, projeta o instituto de pesquisa Gartner. Para atender a isso, o mercado mundial de plataformas de conversação - assistentes virtuais e chatbots - inclui, atualmente, mais de 1 mil fornecedores.
Até pouco tempo, o celular era o principal controle remoto para interagir com dispositivos conectados. Porém, isso está sendo substituído por uma nova-velha interface, a linguagem. "As telas que têm preenchido nossas vidas nos últimos anos estão sendo aposentadas para dar lugar à voz. Os assistentes oferecem conexão com uma variedade cada vez maior de dispositivos conectados e um mundo inteiro de serviços ativados por voz", comenta Martínez.
Sem os parceiros, já é possível pedir que a Alexa diga a temperatura, faça uma ligação ou busca na internet ou que leia um livro. Mas, quando começam a se conectar dispositivos como televisores, lâmpadas, fechaduras e eletrodomésticos, os usuários passarão a ter acesso um arsenal de possibilidades de automação. Marcas como Intelbras, Bose, LG, Sony, JBL, Yamaha e Positivo já estão lançando produtos com a Alexa integrada no Brasil. "O nosso sentimento é que os assistentes de voz vão ajudar muito na expansão da categoria de casa inteligente no Brasil, tangibilizando esse conceito dos comandos de voz nessa jornada. No caso da Alexa, o diferencial é que é um produto da Amazon, que tem feito um trabalho muito forte no varejo brasileiro", analisa o head da Positivo Casa Inteligente, José Ricardo Tobias. Todas as soluções da Positivo Casa Inteligente, plataforma de soluções para residências e estabelecimentos comerciais da Positivo, estão integradas ao serviço de voz baseado na nuvem da Amazon e também do Google Assistente.
As soluções e kits da marca incluem lâmpada, plug, tomada, controle universal, sensores de presença e alarme. O custo vai de R$ 99,00 a R$ 499,00. As lâmpadas Wi-Fi que permitem, por meio da Alexa, ligar ou desligar a luz e também alterar o brilho para quando quiser ver televisão ou deixar colorida.
Para ter uma experiência personalizada, os usuários podem pré-programar rotinas de funcionamento das soluções. Com o Smart Controle Universal, qualquer controle remoto com infravermelho, como de ar-condicionado ou televisor, poderá ser concentrado neste dispositivo e passar a atender aos comados por voz dos usuários. O head de Marketing e Comunicação da Sony Brasil, Luís Vieira, comenta que a parceria com a Amazon deve tornar as tarefas cada vez mais simples. "Ao trazer essa compatibilidade dos nossos produtos com o Amazon Alexa, em português, oferecermos aos clientes experiências mais imersivas nas plataformas mais utilizadas, tornando o dia a dia mais prático e intuitivo", destaca.

Comandos de voz facilitam interação e conquistam usuários

A penetração da tecnologia de voz superou os 50% na América Latina. Os latino-americanos realizam 46% mais buscas por voz em aparelhos móveis do que a média mundial. O uso também é intenso, com 28% dos entrevistados acessando recursos de voz pelo menos uma vez ao dia, 27% a mais que os norte-americanos. Os dados fazem parte do estudo "Latin America Finds its Voice", realizado com mais de 4 mil pessoas no México, no Brasil, na Colômbia, na Argentina e no Chile pela iProspect.
As motivações principais sustentadas pelos consumidores para esse movimento são que o uso de recursos de voz é mais rápido (86%) e fácil (50%) do que digitar, além da maior conveniência enquanto não se pode ler ou digitar (45%) e eficiência (36%). "É como se os assistentes como Alexa fossem a segunda geração dos mecanismos de busca digital", analisa o diretor de Inovação da iProspect, Gustavo Macedo.
Ele comenta que, diferentemente de outros mercados mais desenvolvidos, na América Latina, o uso da voz para fazer as buscas na internet se transforma em uma opção a mais de acesso à informação. "Muitos analfabetos funcionais, que têm dificuldade em fazer pesquisas textuais, são privilegiados com essa tecnologia, porque podem fazer pergunta por voz. Além disso, é uma ferramenta importante de acessibilidade", explica. A disseminação dos assistentes de voz deve levar à eliminação nos próximos anos de diversos tipos de gadgets que precisam de botões para serem acionados, como controle remoto e interfone. Sem falar na perspectiva de inovações que deve gerar. "As grandes marcas de Smart TVs já estão colocando o Google Assistente e a Alexa nativos dos equipamentos", projeta.

Como funciona o Echo


AMAZON/DIVULGAÇÃO/JC
Os dispositivos Echo usam um software embutido para detectar a palavra de ativação para despertar: "Alexa". Quando o equipamento detecta o comando, o anel de luz do dispositivo fica azul e começa a transmitir o pedido para a nuvem, na qual a Alexa processa o pedido.
Todos os dispositivos incluem uma série de microfones embutidos que utilizam tecnologia beam-forming para filtrar a direção da voz de comando, de modo que possam ouvir claramente quando você chamar a Alexa, mesmo do outro lado de um cômodo. Essa tecnologia combina o sinal dos microfones individuais para suprimir ruídos, reverberações, a música que estiver tocando e até conversas paralelas.
 

Marcas já integradas com a Alexa


Sony/Divulgação/JC
A Latam Airlines Brasil é a primeira companhia aérea com base na América do Sul a lançar um app para ser acessado por meio da Alexa. O novo skill permite explorar destinos de viagem e saber o status do voo.
O iFood está trabalhando em parceria com a Amazon para possibilitar que os pedidos de delivery pelo aplicativo possam ser feitos por comando de voz. Basta falar o comando "Alexa, falar com o iFood" ou "Alexa, abrir o iFood", e os clientes podem obter informações sobre pedidos e acompanhar seu status.
O Bradesco desenvolveu uma Skill, a Bradesco Inteligência Artificial (BIA), que permite aos consumidores perguntar sobre produtos e serviços, checar seu extrato bancário e fazer pagamentos de contas registradas via DDA.
SonyHeadphones e televisores já são alguns dos produtos da Sony vendidos no Brasil compatíveis com a Alexa, que, agora, podem controlar tanto as funções da TV e dos fones de ouvido.