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Gestão

- Publicada em 18 de Outubro de 2019 às 03:00

Brasil perdeu 316.680 empresas em quatro anos

As empresas permaneceram fechando as portas no País. No ano de 2017, 22.932 empreendimentos encerraram suas atividades. Em quatro anos de saldos negativos consecutivos, o Brasil já perdeu 316.680 empresas. Os dados são do levantamento Demografia das Empresas e Empreendedorismo 2017, divulgados nesta quinta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As empresas permaneceram fechando as portas no País. No ano de 2017, 22.932 empreendimentos encerraram suas atividades. Em quatro anos de saldos negativos consecutivos, o Brasil já perdeu 316.680 empresas. Os dados são do levantamento Demografia das Empresas e Empreendedorismo 2017, divulgados nesta quinta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A extinção de empresas afeta também o total de pessoas empregadas com carteira assinada. Em quatro anos de dificuldades e fechamentos de empreendimentos, mais de 3,3 milhões de trabalhadores assalariados foram demitidos no setor formal. No ano de 2017, foram quase 135 mil postos de trabalho perdidos. O Cadastro Central de Empresas (Cempre) somava 4,5 milhões de empresas ativas em 2017, com 6,5 milhões de sócios ou proprietários, que empregavam 31,9 milhões de assalariados.
Do total de empresas ativas naquele ano, 84,8% (3,8 milhões) eram sobreviventes, ou seja, já estavam ativas no ano anterior. Outros 15,2% de empresas entravam em atividade (676,4 mil, sendo 503,2 mil nascimentos e 173,2 mil reentradas). Naquele ano, 699,4 mil empresas encerraram suas atividades, uma taxa de saída de 15,7%.
Quanto mais empregador, maior a chance de sobrevivência do empreendimento em 2017: 96,6% nas empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas sobreviveram naquele ano. Entre os que não tinham assalariados, a taxa de sobrevivência desceu a 75,7%. Das com 1 a 9 trabalhadores assalariados, a taxa foi de 91,7%.
Das empresas que deram início às atividades no ano, 73,9% tinham apenas sócios e proprietários, e 23,9% possuíam de 1 a 9 empregados assalariados. Entre as saídas, 82,8% não tinham empregados, e 16,2% ocupavam de 1 a 9 assalariados.
Em todo o País, o setor de Eletricidade e gás teve a maior taxa de entrada (23,3%), enquanto a Construção amargou a taxa de saída (20,8%) mais elevada.
O IBGE informou ainda que o Brasil atingiu o menor número de empresas empreendedoras em 2017, apenas 20.306. No início da série, em 2008, havia 30.954 empresas de alto crescimento. No auge, em 2012, esses empreendimentos somavam 35.206.
As empresas de alto crescimento, chamadas de empreendedoras, são aquelas com pelo menos 10 empregados assalariados que aumentaram as contratações acima de 20% ao ano por três anos.
Em relação a 2016, houve redução de 3,3% no total de empresas de alto crescimento, 692 a menos. Em 2017, essas empresas empreendedoras passaram a representar 0,5% das empresas ativas, 0,8% das empresas com pessoas ocupadas assalariadas e 4,5% das empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas.
ARTES

Estado liderou sobrevivência de empresas em 2017

O Rio Grande do Sul foi o estado que apresentou a maior taxa de sobrevivência de empresas, segundo o levantamento do IBGE. Em 2017, dos 406.470 empreendimentos gaúchos ativos, 87,4% já estavam em atividade no ano anterior. O Estado foi seguido por Santa Catarina (87,2%), Minas Gerais (86,2%) e Paraná (85,5%). Já as menores taxas de sobrevivência foram registradas em Amazonas (78,5%), Maranhão (80,1%), Pará (80,5%) e Amapá (81,1%).
O Estado gaúcho teve a abertura de 51.223 empresas entre 2016 e 2017, de acordo com o levantamento do IBGE. Já as empresas que saíram do mercado (fechadas ou inativas) foram 57.959. Com isso, houve um saldo negativo de 6.736 empresas naquele ano.
Em 2017, as empresas gaúchas ativas empregavam 2.084.864 pessoas, segundo o IBGE. As novas empresas (fundadas entre 2016 e 2017) contavam com 59.567 empregados. Já as empresas que saíram do mercado (fechadas ou inativas) tinham 29.155 empregos.
Entre as regiões, as maiores taxas de sobrevivência de empresas foram do Sul (86,6%) e Sudeste (85,0%). As maiores taxas de entrada e saída foram as das regiões Norte (19,0% e 18,8%), Centro-Oeste (17,2% e 16,4%) e Nordeste (16,9% e 16,9%).