Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Agronegócios

- Publicada em 15 de Outubro de 2019 às 21:26

Paraná vai interromper vacinação contra aftosa

Ministra Tereza Cristina assinou IN que prevê o fim da imunização

Ministra Tereza Cristina assinou IN que prevê o fim da imunização


/RODRIGO FELIX LEAL/DIVULGAÇÃO/JC
A assinatura da Instrução Normativa (IN) autorizando o Paraná a suspender a vacinação contra a febre aftosa  ainda não afetará os negócios com o Rio Grande do Sul, mas o governo gaúcho corre contra o tempo para evitar danos futuros. Grande comprador de genética bovina gaúcha, as aquisições paranaenses no Estado não sofrerão mudança de regras até 31 de dezembro. A partir de 1 de janeiro, porém, o trânsito de animais pelo Paraná e oriundos de regiões livres com vacinação sofrerá restrições. Com a IN, assinada ontem pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o Paraná se une a Santa Catarina na condição de território livre de febre aftosa sem vacinação. 
A assinatura da Instrução Normativa (IN) autorizando o Paraná a suspender a vacinação contra a febre aftosa  ainda não afetará os negócios com o Rio Grande do Sul, mas o governo gaúcho corre contra o tempo para evitar danos futuros. Grande comprador de genética bovina gaúcha, as aquisições paranaenses no Estado não sofrerão mudança de regras até 31 de dezembro. A partir de 1 de janeiro, porém, o trânsito de animais pelo Paraná e oriundos de regiões livres com vacinação sofrerá restrições. Com a IN, assinada ontem pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o Paraná se une a Santa Catarina na condição de território livre de febre aftosa sem vacinação. 
Até ontem, havia o temor de que a suspensão pudesse afetar os negócios na atual temporada de remates de Primavera. De acordo com a normativa assinada no Palácio Iguaçu, em Curitiba, porém, não haverá modificações no trânsito de animais e produtos e subprodutos de origem animal provenientes ou destinados ao Paraná até 31 de dezembro. A partir de 2020, no entanto, será proibido o ingresso no Estado de bovinos e bubalinos vacinados. De acordo com o secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Covatti Filho, o Estado solicitou que o ministério que libere o mais rápido possível o resultado da auditoria feita por aqui em setembro para que se tenha hábil de acompanhar o Paraná no pedido de nova classificação junto a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Notícias sobre agronegócios são importantes para você?
"Se o Paraná ingressar com esse pedido antes e se tornar território livre de aftosa sem vacinação e o Rio Grande do Sul não, poderemos ter perdas nas vendas de genética, principalmente, e custos maiores com a burocracia para vender produtos e subprodutos para outros estados", alerta Covatti.
Presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber explica que esse custo e a burocracia maior se deve aos corredores sanitários criados para circulação de animais e derivados entre estados com diferentes classificações. De acordo com Kerber, o transporte desses itens segue rotas específicas e até mesmo limitações de horário. "Os caminhões com animais, produtos e subprodutos só podem entrar e sair por locais determinados, assim como tem um tempo previsto e que deve ser cumprido entre as duas pontas", explica Kerber.
Com a suspensão da vacina no Paraná, o rebanho de 9,2 milhões de bovinos e bubalinos daquele estado já não será mais vacinado a partir de novembro. Com isso, o ministério fará o monitoramento para avaliar a atuação dos postos de fiscalização nas divisas paranaenses e, posteriormente, poderá reconhecer nacionalmente o estado como área livre da febre aftosa sem vacinação. A etapa está dentro do objetivo brasileiro de ampliar gradualmente as áreas sem vacinação contra a doença no País, previsto no plano estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa.
De acordo com o ministério, as doses de vacinas contra a febre aftosa estocadas no Paraná serão remanejadas pela iniciativa privada para as regiões que ainda irão aplicar o produto. Sem a vacinação, estima o ministério, os pecuaristas paranaenses economizarão R$ 20 milhões por ano apenas com a compra da vacina, sem contar os demais custos associados ao manejo dos animais.

Acordo tenta barrar venda casada no crédito agrícola

Os ministros Tereza Cristina (Agricultura) e Sergio Moro (Justiça) assinam hoje acordo de cooperação técnica para promover ações conjuntas, visando prevenir a ocorrência da chamada "venda casada" na tomada de crédito agrícola. O acordo tem duração de 24 meses, com possibilidade de renovação.
Com essa iniciativa conjunta, os ministérios buscam estimular o produtor rural a denunciar a venda casada.
Para não prejudicar seu relacionamento com o banco, além de melhorias no canal www.consumidor.gov.br, o acordo prevê a instituição de novos canais para a realização de denúncias anônimas por meio das associações de classe.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) assinam como signatárias do acordo.