A perspectiva de várias transformações é o que se apresenta para o setor de combustíveis. Entre os fenômenos que têm refletido nesse mercado estão as novas gerações de consumidores, que não são tão atraídas pelo apelo de ter um automóvel e utilizam aplicativos de transporte, privatizações de refinarias de petróleo, possibilidade de verticalização do setor (com distribuidoras operando postos) e avanço dos carros elétricos. O debate sobre as expectativas para o segmento é o foco do 20º Congresso de Revendedores de Combustíveis da Região Sul e a feira Expopetro 2019. O evento, que teve a solenidade de abertura celebrada nessa quarta-feira (09), terá nesta quinta-feira (10), no Centro de Eventos do BarraShoppingSul, em Porto Alegre, palestras sobre o cenário econômico e inovações.
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A perspectiva de várias transformações é o que se apresenta para o setor de combustíveis. Entre os fenômenos que têm refletido nesse mercado estão as novas gerações de consumidores, que não são tão atraídas pelo apelo de ter um automóvel e utilizam aplicativos de transporte, privatizações de refinarias de petróleo, possibilidade de verticalização do setor (com distribuidoras operando postos) e avanço dos carros elétricos. O debate sobre as expectativas para o segmento é o foco do 20º Congresso de Revendedores de Combustíveis da Região Sul e a feira Expopetro 2019. O evento, que teve a solenidade de abertura celebrada nessa quarta-feira (09), terá nesta quinta-feira (10), no Centro de Eventos do BarraShoppingSul, em Porto Alegre, palestras sobre o cenário econômico e inovações.
O presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal'Aqua, lembra que a reunião está sendo realizada pela primeira vez na capital gaúcha (tradicionalmente era conduzida em Gramado). O dirigente comenta que mais de 1 mil inscrições foram feitas para participar do evento deste ano e houve um aumento de 30% no número de expositores em relação à última edição, alcançando 40 marcas de produtos, equipamentos e serviços voltados ao ramo varejista de combustíveis.
Dal'Aqua adverte que o momento exige atenção por parte dos revendedores em busca de informações e para entender todos os cenários possíveis da economia. O dirigente argumenta que o futuro do segmento é uma incógnita, já que hoje se verifica uma redução drástica das margens dos postos. Soma-se a essa questão, a carga tributária que, no caso do Rio Grande do Sul, significa uma alíquota de 30% de ICMS sobre a gasolina. O presidente do Sulpetro enfatiza que o revendedor precisa pensar em formas diferentes para remunerar seus negócios.
Uma das participantes da Expopetro será a distribuidora ALE. O diretor comercial da empresa, Renato Rocha, ressalta que o encontro é uma forma de prospectar novos clientes no mercado do Sul do País. A companhia já possui no Estado estrutura de armazenagem de combustíveis em Canoas e, conforme Rocha, estuda ainda neste ano abrir outra base. Por enquanto, o dirigente prefere não revelar onde será a operação dessa unidade, contudo adianta que se trata de uma planta já em funcionamento.
A ALE, que possui hoje 21 postos com sua bandeira no Rio Grande do Sul, projeta fechar 2019 com 28 estabelecimentos. Rocha explica que um dos principais pilares para esse crescimento é a atração para a marca de postos bandeira branca (estabelecimentos que compram de mais de uma distribuidora), mas também é possível abranger unidades que estão sendo construídas ou que queiram trocar de bandeira.
Um combustível que tem muito espaço para crescer no Rio Grande do Sul é o do gás natural veicular (GNV). O coordenador do segmento veicular na Sulgás, Marcelo Bastos, diz que o setor vem aquecido desde 2017, tendo crescido no acumulado desse período cerca de 50%, em questão de volumes comercializados. Além disso, para os próximos dois anos, a expectativa é duplicar a quantidade de postos com o produto no Estado, que hoje é de 87.
Um dos principais fatores que tem contribuído para o desenvolvimento desse segmento, ressalta Bastos, é o elevado preço da gasolina e o melhor desempenho do gás. Outra situação que chamou a atenção para o combustível foi a greve dos caminhoneiros, que ocorreu em meados do ano passado. Isso ocorreu porque os postos que eram abastecidos por gasodutos conseguiram continuar a fornecer o GNV, enquanto a gasolina não chegava através dos caminhões-tanque.
Na Expopetro, além do pessoal da Sulgás, uma equipe técnica do Banrisul também estará à disposição dos visitantes que acessarem o estande da companhia para explicar como funciona o Banrisul Sustentabilidade, que tem linhas de crédito para estímulo do uso do GNV. Bastos detalha que é possível enquadrar o gás natural veicular na linha de sustentabilidade, pois esse combustível tem menos emissões de poluentes do que o diesel e a gasolina.
Há linhas voltadas tanto para a aquisição de equipamentos de compressão e sistemas de geração de energia elétrica a gás natural para postos de combustíveis como para adaptação de veículos ao GNV por pessoas físicas ou jurídicas. Bastos comenta que o investimento necessário para um posto, já em operação, se adaptar para o fornecimento de GNV, levando em conta equipamentos e projeto, é de cerca de R$ 1 milhão a R$ 1,5 milhão.
Outra novidade é o lançamento de uma ferramenta de localização de postos de combustíveis que ofertam GNV no Rio Grande do Sul, inserida no Sulgás Digital, o aplicativo para dispositivos móveis da estatal disponível na loja Google Play e, em breve, provavelmente dentro de 15 dias, na App Store. Além de encontrar o endereço dos estabelecimentos, é possível consultar os preços praticados, o horário de funcionamento e até a avaliação dada por usuários do Google.