Depois do consórcio Chimarrão anunciar que vai antecipar a implantação de redes de transmissão no Rio Grande do Sul, é a vez da Taesa comunicar que também vai começar a executar mais cedo a implantação de 587 quilômetros de linhas de transmissão no Rio Grande do Sul, concentradas principalmente na Fronteira Oeste, e obras em cinco subestações.
Os empreendimentos abrangerão Santana do Livramento, Quaraí, Alegrete, Rosário do Sul, São Gabriel, Cacequi, Dilermando de Aguiar, Santa Maria, Itaqui e Maçambará. O investimento total é de R$ 600 milhões. As obras de transmissão devem gerar 1.525 empregos diretos.
Segundo a empresa, há "entendimento e ações proativas" com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente e Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para obtenção das licenças ambientais. "Pretendemos iniciar os trabalhos nas subestações ainda este ano e nas linhas de transmissão em janeiro de 2020", informou a Taesa, em nota. A empresa diz que concebeu um arranjo economicamente viável para fazer a antecipação, mas não deu detalhes.
A Taesa venceu, em dezembro de 2018, o lote 12 do leilão de transmissão realizado pelo governo federal, com uma oferta de R$ 58,9 milhões, deságio de 38,8% sobre a Receita Anual Permitida (RAP) estabelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Pelo acordo de concessão, as obras precisam ficar prontas até março de 2023. O presidente da Taesa, Raul Lycurgo Leite,
já havia dito, em abril deste ano ao
Jornal do Comércio, que esperava antecipar o cronograma.
Os projetos assumidos pela Taesa seriam feitos pela Eletrosul. Esta condição facilitaria o exame das licenças, pois a Fepam já teria conhecimento dos projetos. A estatal não conseguiu ir adiante com os trabalhos devido a dificuldades financeiras. Com isso, as estruturas acabaram sendo relicitadas.
A Taesa é uma companhia exclusivamente dedicada à construção, operação e manutenção de ativos de transmissão, com 9.869 quilômetros em operação e 2.857 quilômetros de extensão em construção, totalizando 12.726 quilômetros de linhas de transmissão. A sede da empresa fica no Rio de Janeiro. Com os empreendimentos no Estado, a empresa poderá abrir uma unidade gaúcha, aposta o governo estadual.