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Consumo

- Publicada em 04 de Outubro de 2019 às 03:00

Atacado gaúcho projeta melhora da economia

Alta carga tributária é o maior empecilho (55,8%) para empreender

Alta carga tributária é o maior empecilho (55,8%) para empreender


/MARCOS NAGELSTEIN/arquivo/JC
Pesquisa da Fecomércio-RS apontou que 80% dos atacadistas do Rio Grande do Sul acreditam na melhoria dos negócios nos próximos seis meses. A Sondagem do Segmento Atacadista, divulgada nesta quinta-feira, apontou que 36,4% dos participantes do levantamento esperam aumentar o número de funcionários no período.
Pesquisa da Fecomércio-RS apontou que 80% dos atacadistas do Rio Grande do Sul acreditam na melhoria dos negócios nos próximos seis meses. A Sondagem do Segmento Atacadista, divulgada nesta quinta-feira, apontou que 36,4% dos participantes do levantamento esperam aumentar o número de funcionários no período.
Para 42,6% dos entrevistados, as vendas vão melhorar muito nos próximos seis meses. Já 36,9% acreditam que a comercialização vai melhorar um pouco e 17,1% apostam na estabilidade. Sobre a conjuntura da economia, 40,8% projetam pouco melhora, enquanto 31,7% acreditam que a situação vai "melhorar muito" e 23,1% em estabilidade. Uma porção de 4,4% dos ouvidos ainda vê piora do quadro no curto prazo.
Foram ouvidos 385 estabelecimentos entre 3 e 19 de setembro. Segundo a federação, a sondagem, realizada duas vezes ao ano, capta opiniões sobre as condições de operação e a situação da economia. Ao avaliar as vendas nos últimos seis meses, 44,9% dos atacadistas consideraram o desempenho bom, muito bom ou excelente. Um quinto dos ouvidos diz que aumentou as contratações, enquanto quase 60% manteve seu quadro.
Seguindo indicações de outras sondagens, foram apontados como empecilhos aos negócios a alta carga tributária (55,8%), o custo para manter e comprar estoques (35,3%) e a legislação (31,7%). Um item que afeta a capacidade de compras das empresas aparece em nível baixo. O endividamento foi indicado como "controlado" por 26,5% dos entrevistados. Apenas 5,5% dos ouvidos apontaram que o nível é de alto.
Para a Fecomércio-RS, o baixo endividamento é explicado pela fonte de recursos. Quase 60% das empresas usa recursos próprios dos sócios (58,4%). Na área de gestão, um dado preocupante: 17,1% disseram que misturam finanças pessoais com as do negócio. Quase 80% afirmou que a contabilidade independente.
 

Endividamento sobe e vai a 3º maior nível da série

O nível de endividamento do brasileiro atingiu em setembro o terceiro maior patamar da série histórica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Esta é a nona alta seguida do índice, que atingiu 65,1% das famílias brasileiras, contra os 64,8% registrados em agosto. Foi também o maior resultado desde julho de 2013, informou a CNC.
Os números da inadimplência na pesquisa da CNC indicaram que as famílias de menor renda são as que mais estão sendo mais afetadas por contas ou dívidas em atraso. O percentual de inadimplência dessa categoria passou de 27,4% em agosto para 27,6% em setembro. Já a faixa mais alta, com renda superior a 10 salários mínimos, registrou queda na inadimplência para 10,8%, ante 10,9% no mês anterior. No total, a fatia das famílias brasileiras com contas ou dívidas em atraso subiu para 24,5% em setembro, contra 24,3% em agosto.
O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso aumentou na comparação mensal, de 9,5% para 9,6% em setembro, mas caiu na comparação com um ano na ordem de 9,9%. Os que mais aumentaram o endividamento foram as famílias que estavam menos endividadas, apontou a CNC, passando de 23,5% para 28%, na comparação com o mesmo período de 2018.
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, apesar dos números, as famílias se mostraram mais otimistas em relação à capacidade de pagamento. "A perspectiva de renda extra com os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ajuda a explicar esse resultado", disse. O cartão de crédito foi apontado como um dos principais motivos para as dívidas dos brasileiros, em comparação com o cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal e prestações de carro. O cartão de crédito é responsável por 79,5% das dívidas das famílias, seguido pelos carnês, com 15,5%, e financiamento de carro, com 9,7%.
Entre as famílias de baixa renda, o cartão de crédito chega a atingir 80% das dívidas, revelou a economista da CNC Marianne Hanson.