A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (26) mais uma fase de operação que investiga fraudes na concessão do Seguro Desemprego de Pescador Artesanal (SDPA), conhecido como seguro defeso. A fraude é estimada, até o momento, em R$ 70 milhões. Em julho de 2018, o município de Caxias do Sul, na serra gaúcha,
já havia sido alvo de ofensiva como parte da mesma investigação.
Na ação desta quinta, foram cumpridos nove mandados de busca a apreensão e dois de prisão preventiva nas cidades de Almeirim e Monte Dourado, no estado do Pará, e em Laranjal do Jari, no Amapá, expedidos pela Justiça Federal de Caxias do Sul. Os investigados que não tiveram a prisão preventiva decretada ficarão sujeitos a medidas cautelares, como recolhimento domiciliar em período integral com monitoramento eletrônico.
De acordo com a PF, os investigados nesta fase formavam um núcleo de fornecedores de dados cadastrais de potenciais recebedores do seguro defeso. A partir dessas informações, servidores públicos que detinham acesso ao sistema de concessão do benefício incluíam os dados para que pessoas que não teriam direito ao benefício passassem a receber os recursos.
As operações Timoneiro e João XXI, deflagradas em abril e julho do ano passado, iniciaram a partir de um relatório do Ministério do Trabalho e Emprego que identificou 6.988 requerimentos de seguro defeso com indícios de irregularidade. Nove servidores públicos e outras dez pessoas já haviam sido presas preventivamente e indiciadas nas fases anteriores da operação.