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Tecnologia

- Publicada em 22 de Setembro de 2019 às 21:27

Mais de 7 milhões de profissionais precisarão de recapacitação

Christiane diz que déficit profissional agora é dilema de todas as áreas

Christiane diz que déficit profissional agora é dilema de todas as áreas


/IBM/DIVULGAÇÃO/JC
O déficit de profissionais para atuarem nos projetos de tecnologia, uma realidade das últimas décadas no mercado global, vai se tornar cada vez mais preocupante para as empresas. Nos próximos três anos, 120 milhões de trabalhadores nas 10 maiores economias do mundo precisarão de recapacitação profissional como resultado do impacto da utilização de Inteligência Artificial e Automação Inteligente no mercado de trabalho. É o que aponta o mais recente estudo do Institute for Business Value (IBV) da IBM. No Brasil, 7,2 milhões de profissionais terão que ser treinados em novas habilidades.
O déficit de profissionais para atuarem nos projetos de tecnologia, uma realidade das últimas décadas no mercado global, vai se tornar cada vez mais preocupante para as empresas. Nos próximos três anos, 120 milhões de trabalhadores nas 10 maiores economias do mundo precisarão de recapacitação profissional como resultado do impacto da utilização de Inteligência Artificial e Automação Inteligente no mercado de trabalho. É o que aponta o mais recente estudo do Institute for Business Value (IBV) da IBM. No Brasil, 7,2 milhões de profissionais terão que ser treinados em novas habilidades.
"Esse deixou de ser um dilema de um setor só e passou a ser de todos", alerta a diretora de Recursos Humanos da IBM Brasil, Christiane Berlinck. De fato, até alguns anos, eram as empresas de tecnologia que sofriam com a falta de pessoas capacitadas para atender os projetos que surgiam. Hoje, com a tecnologia perpassando toda economia, esse é um problema que afeta a todos.
O surgimento em ritmo galopante de novas tecnologias ajuda a explicar esse déficit cada vez mais elástico. Antes as novidades eram mais estáveis, então, demorava um certo tempo para as pessoas ficarem obsoletas. "Hoje, a velocidade das novas tecnologias exponenciais faz uma pressão muito grande no profissional e nas empresas", alerta a especialista.
De fato, ainda há muito o que avançar. A pesquisa global realizada pela IBM com 5.670 CEOs de 48 países indica que apenas 41% deles afirmam ter as pessoas, habilidades e recursos necessários para executar suas estratégias de negócios. Quase metade admite não ter nenhum plano de desenvolvimento de habilidades para reverter o problema. O tempo investido para capacitar um profissional em uma nova habilidade aumentou 10 vezes em apenas quatro anos. Em 2014, no Brasil, o tempo de treinamento necessário era de quatro dias; em 2018, o tempo gasto foi de 40 dias.
Novas aptidões estão surgindo rapidamente, enquanto outras estão se tornando obsoletas. Se hoje faltam talentos para atuar com Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Blockchain, por exemplo, em 10 anos será em computação quântica. Ou seja, mal as empresas vencem um desafio, logo surgem outros. "Vivemos uma ambiguidade em que temos 11 milhões de desempregados no Brasil, mas as empresas têm posições em que demoram muito tempo para recrutar. Faltam talentos para ajudar as corporações fazerem os movimentos necessários nesta era digital", analisa Christiane.
Para tentar resolver esse gap, uma alternativa é eliminar algumas raízes da falta de profissionais de tecnologia. A primeira delas é buscar uma maior integração entre as organizações e a academia, para que as pessoas formadas tenham um viés menos técnico e mais prático. A especialista diz que também é preciso estimular, desde o colégio, as pessoas a se inserirem no mundo da tecnologia. E isso inclui pensar na diversidade. "Muitas mulheres não se conectam com esse mercado por estereótipos, por falta de incentivo desde a infância para essa aproximação com esses skills de tecnologia", destaca.

Habilidades comportamentais estão sendo mais procuradas

Inteligência Artificial é aliada para prever aptidões disponíveis

Inteligência Artificial é aliada para prever aptidões disponíveis


/401(K) 2013 via VisualHunt.com/DIVULGAÇÃO/JC
O estudo do Institute for Business Value da IBM destaca que, em 2016, os executivos classificaram como habilidades críticas para o Brasil a capacidade de se comunicar efetivamente em um contexto de negócios e recursos técnicos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Já em 2018, as duas principais habilidades procuradas foram as comportamentais, chamadas também de soft skills, gerenciamento de tempo e capacidade de priorizar e disposição de ser flexível, ágil e adaptável às mudanças.
"Todos os principais avanços tecnológicos mudaram a maneira como as pessoas trabalham e o mercado profissional. Por isso, o desenvolvimento de habilidades, tanto técnicas quanto comportamentais, precisa estar alinhado às decisões de negócios da alta liderança", explica a diretora de Recursos Humanos da IBM Brasil, Christiane Berlinck.
Um dos caminhos para começar a resolver isso é usar a própria tecnologia, como analytics e Inteligência Artificial, para prever e inferir quais habilidades estão disponíveis em toda a organização e compartilhar essas informações de forma transparente com os funcionários para impulsionar uma cultura de aprendizado contínuo. "Hoje, temos novas formas de recrutrar, reter e desenvolver nossos talentos graças a tecnologias emergentes. A área de Recursos Humanos precisa estar conectada a essas tendências e recorrer cada vez mais a elas para ser um agente de transformação para os negócios da empresa", complementa Christiane. Para impulsionar essas jornadas, o estudo indica ainda que as empresas devem aproveitar um ecossistema de parceiros para expandir seu acesso ao conteúdo, alavancar tecnologias inovadoras de aprendizado e, até mesmo, compartilhar talentos qualificados além das fronteiras organizacionais. Os dados ressaltam ainda a importância do aprendizado experiencial, em parceria, com equipes ágeis e com habilidades heterogêneas, atividades práticas, sala de aula tradicional e também aprendizado on-line.