O anúncio de medidas de estímulo pelo Banco Central Europeu (BCE) e a disposição dos Estados Unidos em avançar nas conversas comerciais com a China permitem uma manhã positiva nos mercados de ações do exterior. A Bolsa brasileira também pegue carona. Às 11h55min desta quinta-feira (12) o Ibovespa subia 0,79%, aos 103.732.
Nesta quinta, BCE cortou sua taxa de depósitos e anunciou a retomada das compras de ativos a partir de 1 de novembro. A autoridade monetária disse que a medida permanecerá por tanto tempo for necessário.
As sinalizações dadas pelo BCE podem ser um prenúncio do que o
Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciarão na quarta-feira. Conforme a equipe de analistas da Rico Investimentos observa em nota, o mercado "torce" por mais estímulos e/ou uma retomada do ciclo de cortes de juros norte-americanos. "Então qualquer discurso desajustado a isso pode provocar uma realização de lucros, principalmente após essa longa sequência de altas."
Além da decisão do BCE, também agrada aos investidores a disposição dos Estados Unidos em avançar nas conversas comerciais com a China. Na quarta à noite, o presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu adiar o aumento de tarifas de 25% para 30% sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses, de 1 de outubro para o dia 15 do próximo mês. A decisão veio horas depois de a China anunciar que vai isentar 16 tipos de produtos dos EUA de tarifas extras por um ano, a partir do dia 17.
Atenção ainda para o setor de telecomunicação e para o 'day after' da saída do secretário da Receita, Marcos Cintra.
A tentativa de recriar a CPMF derrubou Cintra. "Com isso, a reforma tributária deve mesmo tomar a cara das propostas discutidas na Câmara e no Senado, com um Imposto sobre Valor Agregado (IVA)", avalia a Rico.
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