Em meio ao bloqueio de verbas para universidades com riscos à continuidade de pesquisas, o presidente do Santander Brasil, Sergio Rial, ressaltou, em São Paulo, a necessidade de valorizar a ciência e seu impacto para transformar as pessoas. O recado foi dado na noite de entrega dos troféus do programa Empreenda Santander 2019, que reconhece iniciativas de estudantes, startups e microempreendedores apoiados por universidades.
'A gente não pode deixar de valorizar a ciência em um país em desenvolvimento, pobre por muito anos e com muitos desafios sociais", reforçou Rial, ao fazer a abertura da noite de entrega, na terça-feira (10), no teatro Santander, na capital paulista. O Empreenda tem forte peso da ação de instituições de ensino superior tanto públicas como privadas para desenvolver novos negócios, inovação e estratégias para fortalecimento de microempreendedores que acessam linhas de microcrédito disponibilizadas pelo banco.
Rial também fez provocação sobre a inclusão de negros. "Esse é um legado que o mundo privado tem de assumir, sem qualquer ideologia, mas simplesmente porque é correto", justificou o principal executivo do banco espanhol no País.
O executivo observou ainda que há nuances políticas "em empresas e organizações sociais", mas defendeu que a "ciência é apolítica". "Não politizemos as universidades. Vieses existem em empresas e organizações sociais, é normal onde tem interação humana. Mas a ciência é apolítica", precaveu-se.
Sem falar diretamente das políticas do governo federal, Rial afirmou que, "apesar das limitações, temos professoras e professores transformando a vida de milhões de pessoas. Parabéns aos heróis que fazem das universidades um centro de saber".
Ele também fez provocação para que as empresas promovam mudanças para maior inclusão de negros.