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Economia

- Publicada em 06 de Setembro de 2019 às 03:00

Valor da produção agrícola de 2018 bate recorde, diz IBGE

Falta do milho no mercado fez com que o preço do produto subisse

Falta do milho no mercado fez com que o preço do produto subisse


WENDERSON ARAUJO/TRILUX/DIVULGAÇÃO/JC
A agricultura brasileira bateu recordes em várias culturas importantes no ano passado, que fizeram com que o valor de produção atingisse o recorde de R$ 343,5 bilhões, alta de 8,3% em relação ao ano anterior. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na publicação Produção Agrícola Municipal (PAM 2018).
A agricultura brasileira bateu recordes em várias culturas importantes no ano passado, que fizeram com que o valor de produção atingisse o recorde de R$ 343,5 bilhões, alta de 8,3% em relação ao ano anterior. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na publicação Produção Agrícola Municipal (PAM 2018).
Segundo o IBGE, o valor de produção é o mesmo que o valor bruto de produção. Eles pegam o chamado "preço de porteira", que é livre de fretes e impostos, e multiplicam pelo total produzido. O resultado é o valor de produção. De acordo com o gerente de Agricultura do IBGE, o engenheiro-agrônomo Carlos Alfredo, as principais explicações para o recorde no valor de produção foram as condições climáticas, boas no início do ano para algumas culturas. O clima foi ruim para a segunda safra do milho mas, em termos de valor, a falta do milho fez com que o preço do produto subisse, explicou. "Então impactou também nesse valor da produção", disse Alfredo. Foram plantados, ao todo, 78,5 milhões de hectares, redução de 0,6% na comparação com 2017.
O gerente de Agricultura observou que, quando se olha o grupo dos grãos, principais produtos na categoria de cereais, leguminosas e oleaginosas, percebe-se que não conseguiu ser batido em 2018 o recorde de 2017, quando o clima foi excelente para as culturas. "Mesmo assim, a gente teve uma produção de 227,5 milhões de toneladas. É uma queda de 4,7% em relação ao ano anterior, mas, mesmo assim, foi uma produção boa." Em termos de valor da produção, que atingiu para essa categoria de produtos R$ 198,5 bilhões, foi apurada expansão de 13,6%. "É a questão dos preços, que aumentaram bastante em 2018." Carlos Alfredo disse que, apesar da queda de 16% na produção de milho, ocorreu aumento de 14,1% no valor. 
As 10 principais culturas (soja, cana-de-açúcar, milho, café, algodão herbáceo, mandioca, laranja, arroz, banana e fumo) representaram quase 85,6% de todo o valor gerado no ano passado. A soja liderou, com participação de 37% no valor da produção, seguida pela cana-de-açúcar (15%) e pelo milho (11%). A soja teve R$ 127,5 bilhões arrecadados, expansão de 13,6%; a cana-de-açúcar, R$ 52,2 bilhões (-3%); e o milho, R$ 37,6 bilhões ( 14,1%).
A PAM 2018 revela que, desde o Plano Real, em 1994, a soja liderou o ranking de culturas nacionais em termos de valor da produção, à exceção de 1996, quando foi substituída pela cana-de-açúcar. Em 25 anos, a soja subiu de um patamar anual de R$ 3,8 bilhões para R$ 127,5 bilhões em 2018, incremento de 3.222,1%, com a área colhida evoluindo 201,6% (de 11,5 milhões de hectares para 34,8 milhões de hectares). A produção de soja cresceu 372,8% no período (de 24,9 milhões de toneladas para 117,9 milhões de toneladas). A cana-de-açúcar também ampliou o valor da produção em 25 anos em 1.539,6% (de R$ 3 bilhões para R$ 52,2 bilhões), enquanto o milho aumentou o valor arrecadado em 1.111,7% (de R$ 3,1 bilhões para R$ 37,6 bilhões). Houve crescimento também da área plantada de cana-de-açúcar, de 4,4 milhões de hectares para 10 milhões de hectares; e de milho, de 14,5 milhões de hectares para 16,5 milhões de hectares.
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