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Economia

- Publicada em 05 de Setembro de 2019 às 10:59

Índice de preços de alimentos da FAO recua 1,1% em agosto

Subíndice de preços dos Cereais registrou média de 157,6 pontos em agosto, segundo relatório da FAO

Subíndice de preços dos Cereais registrou média de 157,6 pontos em agosto, segundo relatório da FAO


JOÃO MATTOS/JC
Agência Estado
O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou média de 169,8 pontos em agosto de 2019, recuo de quase 2 pontos (1,1%) em relação a julho, marcando a terceira queda mensal consecutiva. Em relação a igual mês de 2018, o Índice registrou alta de 1,1%. Conforme comunicado da FAO, divulgado nesta quinta-feira (5), o indicador foi pressionado por quedas acentuadas nos preços dos cereais e do açúcar, que mais que compensaram os aumentos nos preços dos outros subíndices, especialmente o de óleos vegetais.
O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou média de 169,8 pontos em agosto de 2019, recuo de quase 2 pontos (1,1%) em relação a julho, marcando a terceira queda mensal consecutiva. Em relação a igual mês de 2018, o Índice registrou alta de 1,1%. Conforme comunicado da FAO, divulgado nesta quinta-feira (5), o indicador foi pressionado por quedas acentuadas nos preços dos cereais e do açúcar, que mais que compensaram os aumentos nos preços dos outros subíndices, especialmente o de óleos vegetais.
O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 157,6 pontos em agosto, queda de 10,8 pontos (6,4%) em relação ao mês anterior e 11,1 pontos (6,6%) inferior ao reportado em igual mês do ano passado. De acordo com a organização, o declínio mensal deve-se à redução expressiva nos preços do trigo e do milho, semelhante ao movimento do mês anterior.
"Os preços do trigo permaneceram sob pressão, influenciados por amplas disponibilidades de exportação e, portanto, aumento da concorrência entre os principais exportadores", apontou a FAO.
Já as cotações internacionais do milho recuaram acentuadamente em virtude da expectativa de uma colheita maior do que anteriormente previsto nos Estados Unidos, o maior produtor e exportador mundial do cereal. Em compensação, o índice de preços do arroz da FAO registrou alta, sustentado pelo aperto sazonal na oferta do Hemisfério Norte e da Tailândia, por causa das preocupações com o impacto do clima nas lavouras.
O levantamento mensal da FAO também apontou que o Índice de Preços do Óleo Vegetal registrou média de 133,9 pontos em agosto, aumento de 7,5 pontos (5,9%) em comparação com julho. "O aumento reflete valores mais altos do óleo de palma e de vários outros óleos", mostrou a entidade.
De acordo com a FAO, os preços internacionais do óleo de palma foram sustentados por uma recuperação da demanda global de importação e por estoques abaixo do estimado na Malásia, segundo maior produtor da commodity. "Além disso, a Indonésia relatou condições climáticas desfavoráveis nas principais regiões em desenvolvimento do produto, aumentando preocupações com futuros fornecimentos", acrescentou a FAO.
A organização indicou também que os preços do óleo de soja avançaram acompanhando a demanda robusta dos setores de alimentos e biodiesel e o menor volume de esmagamento nos Estados Unidos. Do mesmo modo, a crescente demanda dos produtores de biodiesel da União Europeia (UE) forneceu suporte para o aumento dos preços internacionais do óleo de canola.
Na sondagem mensal da FAO, o Índice de Preços da Carne apresentou média de 179,8 pontos em agosto, o que indica avanço de quase 1 ponto (0,5%) em relação a julho, "continuando com os moderados aumentos de preços registrados nos últimos sete meses". Conforme a FAO, o índice está 12,3% acima do nível reportado em janeiro deste ano e 7,8% acima do mês correspondente do ano passado.
O documento da organização revelou, ainda, que as cotações internacionais de carne suína se fortaleceram ainda mais, sustentadas por uma forte demanda de importação da Ásia, principalmente da China, onde a peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) continua limitando a produção doméstica do produto. Já as cotações de carne ovina e de frango permaneceram estáveis, refletindo o aumento da oferta de exportação das principais regiões produtoras, apesar da forte demanda de importação. "Contudo, o comércio internacional de carne bovina permaneceu robusto. A cotação em dólar caiu marginalmente, refletindo o enfraquecimento das moedas nacionais de alguns grandes países exportadores, como a Austrália", destacou a FAO.
Já o Índice de Preços de Laticínios registrou média de 194,5 pontos em agosto, aumento de 1 ponto (0,5%) em relação ao registrado em julho, "indicando uma reversão das quedas acentuadas registradas nos dois meses anteriores e colocando o valor do índice apenas marginalmente (0,8%) abaixo de seu nível de agosto de 2018".
Segundo a FAO, em agosto, as cotações do queijo, do leite em pó desnatado e do leite em pó integral avançaram refletindo uma maior demanda de importação para entregas no curto prazo, com a normalização das atividades com o fim do período de férias escolares no Hemisfério Norte. "Em contrapartida, os preços da manteiga caíram pelo terceiro mês consecutivo por causa do enfraquecimento da demanda e à perspectiva do mercado de que as disponibilidades de exportação da Oceania aumentarão na nova temporada de produção", explicou a entidade.
A organização calculou, ainda, que o subíndice de preços do Açúcar ficou, em média, em 174,8 pontos em agosto, queda de 7,3 pontos (4,0%) em relação a julho. "O último declínio mensal dos preços internacionais do açúcar é justificado em grande parte pelo enfraquecimento do real ante o dólar, que tende a incentivar as exportações brasileiras do adoçante", informa o relatório. Conforme a FAO, as perspectivas de maiores exportações pela Índia e pelo México na 2019/20 pesaram ainda mais nas cotações do açúcar.
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