Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 03 de Setembro de 2019 às 03:00

Embaixador chinês no Brasil chama de 'ridículas' acusações dos EUA sobre 5G

A Huawei logo is displayed at a retail store in Beijing on May 23, 2019. - Chinese telecom giant Huawei says it could roll out its own operating system for smartphones and laptops in China by the autumn after the United States blacklisted the company, a report said on May 23. (Photo by FRED DUFOUR / AFP)
      Caption

A Huawei logo is displayed at a retail store in Beijing on May 23, 2019. - Chinese telecom giant Huawei says it could roll out its own operating system for smartphones and laptops in China by the autumn after the United States blacklisted the company, a report said on May 23. (Photo by FRED DUFOUR / AFP) Caption


/FRED DUFOUR/AFP/JC
O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, foi contundente em relação à recente ameaça dos Estados Unidos, de que os norte-americanos poderiam reavaliar o compartilhamento de informações que mantêm com o Brasil caso sejam inclusas empresas chinesas de tecnologia, como a Huawei, em sua rede 5G. De acordo com declaração do vice-secretário assistente de Estado dos EUA para comunicações internacionais e cibernéticas, Robert Strayer, ele "tem viajado o mundo" para alertar governos sobre os perigos que Washington vê na participação de companhias chinesas nas redes 5G. Entre os riscos estaria a obrigatoriedade, pela Lei de Segurança Nacional, de empresas chinesas seguirem determinações do Partido Comunista chinês ligadas ao compartilhamento, com Pequim, de dados de usuários.
O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, foi contundente em relação à recente ameaça dos Estados Unidos, de que os norte-americanos poderiam reavaliar o compartilhamento de informações que mantêm com o Brasil caso sejam inclusas empresas chinesas de tecnologia, como a Huawei, em sua rede 5G. De acordo com declaração do vice-secretário assistente de Estado dos EUA para comunicações internacionais e cibernéticas, Robert Strayer, ele "tem viajado o mundo" para alertar governos sobre os perigos que Washington vê na participação de companhias chinesas nas redes 5G. Entre os riscos estaria a obrigatoriedade, pela Lei de Segurança Nacional, de empresas chinesas seguirem determinações do Partido Comunista chinês ligadas ao compartilhamento, com Pequim, de dados de usuários.
"Tal afirmativa é muitíssimo ridícula e sem nenhum fundamento", criticou o embaixador chinês no Brasil, que participou, nesta segunda-feira, de encontro do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), em São Paulo. "Tal narrativa ou se deve à sua ignorância (do funcionário norte-americano) ou é uma calúnia muito mal intencionada." Para Wanming, esse tipo de narrativa tem como objetivo "incomodar e conturbar a cooperação econômica e comercial com o Brasil e também com outros países".
Ele observou, também, que, "quanto à questão de segurança cibernética, os Estados Unidos mantêm um histórico muito negativo, ao realizar maciças gravações contra países, como o Brasil, ferindo a segurança e a privacidade dessas nações", criticou. "Acho que ninguém vai se esquecer de tal conduta equivocada dos Estados Unidos."
O diplomata chinês fez questão de destacar, também, que a China é um país de economia de mercado. "As empresas chinesas operam de forma independente e equitativa", reforçou. "Nenhuma lei obriga as empresas, na China, a fornecer dados de inteligência para o governo. Para ele, os Estados Unidos utilizam-se da Lei de Segurança Nacional do país asiático para fazer sensacionalismo sobre o que seria um risco embutido de segurança (na transmissão de dados) de certas empresas chinesas e na sua tecnologia. "Tal acusação é totalmente infundada. É uma deturpação da verdade e difamação mal-intencionada para confundir o público."
Sobre as suspeitas dos Estados Unidos que recaem sobre a chinesa Huawei, gigante do setor de tecnologia do país asiático, o embaixador citou que a companhia presta serviços para mais de 170 países, incluindo o Brasil. Além disso, tem a liderança na tecnologia 5G. "Atendemos um terço da população mundial e com bons registros de segurança. Não há nenhuma prova de que a Huawei esteja ameaçando a segurança nacional, como dizem certas pessoas e países", disse, enfático, acrescentando que a Huawei já celebrou mais de 50 acordos de 5G, em mais de 30 países, incluindo Itália, Portugal e Espanha. No Brasil, a multinacional atende às sete principais operadoras de telefonia móvel e cobre mais de 90% da população brasileira.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO