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Economia

- Publicada em 26 de Agosto de 2019 às 03:00

Ilsa Brasil inaugura nova fábrica de fertilizantes

Mais de 150 curtumes abastecem a fábrica com rejeitos de couro

Mais de 150 curtumes abastecem a fábrica com rejeitos de couro


/ILSA BRASIL/DIVULGAÇÃO/JC
Carlos Villela
Comemorando 10 anos de atuação no setor de biofertilizantes no País, a Ilsa Brasil deu início às atividades de sua segunda planta industrial na cidade de Portão, no Vale do Caí. Inaugurada em julho, a planta ocupa uma área coberta de 4.900 metros quadrados e tem capacidade de produção anual de 30 mil toneladas de fertilizantes organominerais.
Comemorando 10 anos de atuação no setor de biofertilizantes no País, a Ilsa Brasil deu início às atividades de sua segunda planta industrial na cidade de Portão, no Vale do Caí. Inaugurada em julho, a planta ocupa uma área coberta de 4.900 metros quadrados e tem capacidade de produção anual de 30 mil toneladas de fertilizantes organominerais.
A fábrica já existente na cidade produz 22 mil toneladas anuais do componente orgânico, que é utilizado na nova planta para a produção do biofertilizante, com as matérias-primas minerais e a matriz orgânica sendo transformadas em pellets, uma forma de biocombustível granulado. Para a produção de fertilizante, a empresa utiliza como matéria-prima o colágeno proveniente de peles e couros, rejeitos da indústria coureiro-calçadista da Região Sul do País.
Segundo o diretor de Marketing da Ilsa Brasil, Thiago Stella de Freitas, a empresa recebe material de mais de 150 curtumes, viabilizando uma nova forma de descarte e reciclagem para as sobras da indústria coureiro-calçadista. A empresa tem como meta que, entre cinco e seis anos, a partir de agora, esses rejeitos não sejam mais destinados a aterros sanitários. "O benefício é amplo, no sentido que a indústria geradora desse passivo ambiental já não vai mais gerá-lo, porque vai ser transformado e terá um destino nobre, que é a transformação em adubo", afirma Freitas. "A sociedade ganha, porque a gente está protegendo o meio ambiente de um potencial problema, e estamos transformando esse problema em uma maneira de ajudar o doutor a produzir mais e ter um ambiente saudável. Ganha a indústria, ganha o produtor e ganha o meio ambiente", completa.
Mesmo situada em uma região do Rio Grande do Sul caracterizada por pequenas propriedades rurais, a empresa produz diferentes linhas de fertilizantes, tanto para cultivos protegidos por estufas quanto áreas extensas de lavoura, atendendo produtores de frutas, milho, soja e até o plantio de café, em São Paulo. A empresa tem, atualmente, 60 pessoas no quadro de funcionários, e visa a uma ampliação de 20 a 40 novos empregos no decorrer do tempo, de acordo com o aumento da demanda.
A Ilsa faz parcerias com universidades e apoia projetos de mestrado e doutorado, além de fazer convênios com entidades de pesquisa. Com a Ufrgs, a empresa desenvolveu pesquisas agronômicas e testes de eficiência dos fertilizantes, com auxílio do Departamento de Solos da instituição. Outra pesquisa possibilitou que a empresa conseguisse reduzir pela metade a energia gasta na produção de um quilo de nitrogênio, elemento importante na nutrição de plantas.
De acordo com Freitas, o investimento em novas formas de produção sustentável é intrínseco da Ilsa, que tem sede na Itália e atua com a mesma maneira de produção lá e aqui. "A gente tem inovação desde a indústria até a agregação de técnicas modernas para poder gerar um produto fertilizante de maior eficiência, e assim nós temos uma entrega maior, menor poluição, porque a gente conta com mais de 20 pessoas fazendo assistência técnica para produtores", conclui.
Carlos Villela
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