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Agronegócios

- Publicada em 19 de Agosto de 2019 às 21:48

Languiru investe em leite com rastreabilidade

Família Brackmann é uma das cinco que estão à frente do projeto; lote inicial atenderá a uma rede do varejo

Família Brackmann é uma das cinco que estão à frente do projeto; lote inicial atenderá a uma rede do varejo


/MARCOS NAGELSTEIN/AGÊNCIA PREVIEW/DIVULGAÇÃO/JC
Uma parceria entre a Cooperativa Languiru e as multinacionais SIG Combibloc e Siemens, iniciado em 2017 e que já exigiu investimento de R$ 4 milhões, chegará em breve ao consumidor. Entre os diferenciais da nova linha de leite integral Origem está a união do melhor manejo dos animais com a tecnologia. O Origem inicialmente será produzido por apenas cinco famílias que vão oferecer um produto diferenciado ao seguirem regras de certificação de qualidade exigidas pela cooperativa. Além disso, o produto poderá ser rastreado pelo consumidor, da origem ao processamento, por meio de um QR Code impresso na embalagem.
Uma parceria entre a Cooperativa Languiru e as multinacionais SIG Combibloc e Siemens, iniciado em 2017 e que já exigiu investimento de R$ 4 milhões, chegará em breve ao consumidor. Entre os diferenciais da nova linha de leite integral Origem está a união do melhor manejo dos animais com a tecnologia. O Origem inicialmente será produzido por apenas cinco famílias que vão oferecer um produto diferenciado ao seguirem regras de certificação de qualidade exigidas pela cooperativa. Além disso, o produto poderá ser rastreado pelo consumidor, da origem ao processamento, por meio de um QR Code impresso na embalagem.
Para receber a marca Origem, a coleta do leite e o envasamento devem ser feitos em até 24h, oriundo de padrões mais rígidos de manejo e qualidade do leite e não precisará receber a adição de estabilizantes para manter características como pureza, frescor e sabor. Com produção inicial de apenas entre 12 mil a 15 mil/dia, o primeiro lote será comercializado por apenas uma grande rede de supermercados do Estado. Futuramente, diz Alexandre Schneider, gerente de comunicação, marketing e cooperativismo da Languiru.
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A cooperativa, assegura Schneider, poderá processar até 250 mil litros do Origem, o que ainda deve exigir mais cerca de R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão em investimentos. A Languiru já tem cerca de 1,5 mil produtores que podem produzir esse leite de maior qualidade ao trabalharem dentro das regras de certificação da cooperativa, atendendo a uma série de normas de produção e manejo. "São regras que, hoje, nos permitiriam, inclusive, exportar para mercados exigentes como o europeu", assegura Schneider. Ainda que a exportação do produto não seja o objetivo no momento, o executivo não descarta a possibilidade de fazer embarques internacionais no futuro. As cinco propriedades estão localizadas no Vale do Taquari e certificadas pelo programa de Boas Práticas na Fazenda (BPF). E é a proximidade das propriedades rurais da indústria de laticínios, em Teutônia, que permite agilidade de coleta da matéria-prima e sua rápida industrialização.
"A Cooperativa Languiru gerencia programas que fiscalizam o manejo na propriedade rural, as condutas na indústria e a expedição de seus produtos. O intuito é preservar as características naturais das matérias-primas e garantir a qualidade", destacou Dirceu Bayer, presidente da cooperativa, durante o lançamento do Origem. O Leite Origem é mais um passo de profissionalização da cadeia produtiva. A propriedade rural de Auri Eidelwein (61), em Linha Águas Boas, município de Bom Retiro do Sul, é uma das cinco primeiras a fornecer a matéria-prima para o Leite Origem. Inclusive, o trabalho de sucessão na propriedade já gera frutos, com o envolvimento do filho Marcos Henrique Eidelwein e da nora Magda Beatriz Ribeiro (37).

A cooperativa

  • A Languiru faturou R$ 1,3 bilhão em 2018 e deve alcançar R$ 1,5 bilhão neste ano, e conta com indústria de laticínios (Teutônia), suínos (Poços das Antas), rações (Estrela) e frango (Westfália).
  • Ao todo, emprega cerca de 3 mil pessoas e tem 1,5 mil associados.
  • A certificação Boas Práticas na Fazenda é desenvolvido desde 2014, o BPF concede certificação à propriedade rural mediante a realização de auditoria em parâmetros de segurança dos alimentos, bem-estar animal e sustentabilidade, conservação do alimento, controle sanitário do rebanho, atitudes higiênicas no ambiente de ordenha e acondicionamento do leite.