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Economia

- Publicada em 15 de Agosto de 2019 às 03:00

Asiáticos podem elevar compra de etanol brasileiro

Safra de cana-de-açúcar deve atingir 8,38 milhões de hectares

Safra de cana-de-açúcar deve atingir 8,38 milhões de hectares


/UNICA/DIVULGAÇÃO/JC
O ano de 2020 sinaliza um avanço no mercado de etanol brasileiro. A indústria nacional do setor se anima com a possibilidade de China, Índia e Filipinas passarem a adotar o E10, a gasolina com 10% de álcool. Outro potencial grande consumidor, a Tailândia, pode passar a utilizar um combustível com 20% de álcool.
O ano de 2020 sinaliza um avanço no mercado de etanol brasileiro. A indústria nacional do setor se anima com a possibilidade de China, Índia e Filipinas passarem a adotar o E10, a gasolina com 10% de álcool. Outro potencial grande consumidor, a Tailândia, pode passar a utilizar um combustível com 20% de álcool.
O uso do etanol como alternativa energética mais limpa aos combustíveis fósseis é uma tendência mundial. Somente nesses quatro países asiáticos, a implantação do E10 e do E20 provocaria uma demanda adicional imediata de 19,4 bilhões de litros de etanol por ano. A última safra brasileira, encerrada em março, bateu recordes e atingiu 33,1 bilhões de litros. Ou seja, a Ásia, a partir do ano que vem, pode gerar uma demanda de mais de "meio Brasil" de etanol.
Produtores e agentes ligados ao mercado de etanol tratam a possível demanda asiática com cautela, porque ainda não é certo que os países ampliem o percentual de uso do biocombustível. "Mas somente essa sinalização já é extremamente positiva", afirma Plínio Nastari, CEO da consultoria Datagro e integrante do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética).
Segundo ele, mais do que um novo - e gigantesco - mercado para as exportações brasileiras, a abertura dos países asiáticos criaria um novo ambiente para a transferência de tecnologia e incontáveis benefícios indiretos.
"A Fiat/Chrysler, por exemplo, planejava abrir uma nova planta para o desenvolvimento de motores na China, mas mudou para Minas Gerais porque viu aqui o potencial de expansão da energia limpa", diz Nastari.
Porém, antes de pensar no mercado asiático, a indústria brasileira do etanol precisa arrumar a casa. A produção, embora crescente, ainda não é suficiente para atender à demanda interna. Dos 33,1 bilhões de litros da última safra, apenas 1,7 bilhão (0,5%) foi exportado.
O País ainda precisa importar etanol - principalmente dos Estados Unidos, que tem produção excedente. No ano passado, foram 1,753 bilhão de litros comprados do exterior, o mesmo volume exportado na última safra.
Nastari diz que o mercado nacional ainda se recupera do período 2011-2014, quando houve controle de preços pela Petrobras, o que acabou pressionando os valores do etanol para baixo.
A Companhia Nacional de Abastecimetno (Conab) traz uma perspectiva de redução de 0,7% na moagem nacional de cana-de-açúcar em 2019/20 - de 620,4 milhões para 616 milhões de toneladas na safra 2019/20, com uma área colhida estimada em 8,38 milhões de hectares, 2,4% a menos em comparação com a safra 2018/19.
 
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