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Economia

- Publicada em 14 de Agosto de 2019 às 03:00

Economistas citam maior possibilidade de novo calote da dívida argentina

Possível derrota do atual presidente Mauricio Macri gera grande preocupação

Possível derrota do atual presidente Mauricio Macri gera grande preocupação


JUAN MABROMATA/AFP/JC
O resultado das eleições primárias de domingo na Argentina, que deram ampla vitória à chapa composta por Alberto Fernández e a ex-presidente Cristina Kirchner sobre o atual mandatário do país, Mauricio Macri, gerou grande preocupação entre os operadores e analistas do mercado financeiro por conta da perspectiva de que o provável novo governo possa incorrer em um possível novo calote da dívida.
O resultado das eleições primárias de domingo na Argentina, que deram ampla vitória à chapa composta por Alberto Fernández e a ex-presidente Cristina Kirchner sobre o atual mandatário do país, Mauricio Macri, gerou grande preocupação entre os operadores e analistas do mercado financeiro por conta da perspectiva de que o provável novo governo possa incorrer em um possível novo calote da dívida.
Pelo Twitter, o operador Jeroen Blokland, da Robeco Asset Management, publicou um gráfico elaborado pelos economistas americanos Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff, da Universidade de Harvard, identificando a quantidade de calotes que cada país já deu desde 1800. "Se você está procurando por calotes, Argentina (e o resto da América Latina) é o seu lugar", comentou.
O gráfico é liderado por Equador e Venezuela, com 10 calotes cada, seguidos por Uruguai, Costa Rica, Brasil e Chile, com nove. A Argentina, com oito calotes na história, está destacada em vermelho por ser o único país do continente que deu dois calotes desde o ano 2000.
O economista-chefe da Allianz, Mohamed El-Erian, ressalta que, enquanto a maior preocupação dos investidores é com a chance de um default, os movimentos do mercado observados ontem ilustram que também há problemas de liquidez no país.
"Também não há descanso para o peso argentino, que abriu hoje 8% mais fraco", comenta o economista. "Essa depreciação agrava as condições financeiras, mina o crescimento e alimenta a inflação, fazendo com que as eleições fiquem ainda mais incertas", analisa.
O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos da Argentina, um seguro contra calote da dívida soberana e medida do risco-país, seguiu em alta nesta terça-feira e já embute probabilidade de 75% do default do país vizinho nos próximos cinco anos. Antes das primárias de domingo, essa possibilidade estava perto de 40%, de acordo com operadores.
 
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