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turismo

- Publicada em 11 de Agosto de 2019 às 18:32

Ponte Quebrada é atração na fronteira da China com a Coreia do Norte

Visita à construção, marco da Guerra das duas Coreias, é uma experiência única

Visita à construção, marco da Guerra das duas Coreias, é uma experiência única


PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Chegar à fronteira entre a China e a Coreia do Sul exatamente no trecho final da Ponte Quebrada, marco da Guerra das duas Coreias, é uma experiência única. Do lado da cidade de Dandong, a pujança econômica chinesa desfila empreendimentos verticais ao longo do rio Yalu e um fluxo permanente de visitantes ao símbolo histórico do conflito. Na vizinha norte-coreana de Sinuiju, a orla é descuidada, com mato, algumas construções e o prédio que deve ser do controle de fronteira.
Chegar à fronteira entre a China e a Coreia do Sul exatamente no trecho final da Ponte Quebrada, marco da Guerra das duas Coreias, é uma experiência única. Do lado da cidade de Dandong, a pujança econômica chinesa desfila empreendimentos verticais ao longo do rio Yalu e um fluxo permanente de visitantes ao símbolo histórico do conflito. Na vizinha norte-coreana de Sinuiju, a orla é descuidada, com mato, algumas construções e o prédio que deve ser do controle de fronteira.
A China investiu no poder de atração da ligação. A ponte com estrutura de ferro e largos pilares de concreto teve parte da extensão total de 941 metros implodida pelos Estados Unidos. Em vez de refazer o trecho derrubado, o governo da República Popular da China decidiu manter como ficou e transformar o ponto em um imã que une apelo dos conflitos n agrião e o patriotismo. Outra ponta foi erguida ao lado depois é usada na conexão dos dois países.
A ponte está decorada em seu trajeto por bandeiras chinesas. Nas laterais, auto-falantes mantêm uma música em tom nacionalista tocando todo o tempo. São composições que remetem a períodos de campanhas militares. No vídeo que a reportagem do Jornal do Comércio fez da região, é possível ouvir a trilha e captar melhor o clima cívico na área. No acesso à ponte, há estátuas de militares em campanha, relíquias de armas e fotos emolduradas da época do conflito.
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Lado chinês mostra cidade desenvolvida e com fluxo intenso de pessoas. Foto Patrícia Comunello/Especial/JC
No lado chinês, moradores se refrescam às margens do Yalu. Em agosto, as temperaturas mantêm-se elevadas, com calor considerado o maior em 15 anos, mesmo após o começo do outono pelo calendário chinês. Fora da área da orla mais movimentada, há cerca de arame farpado que acompanha a divida. Próximo à grande muralha, que tem trechos na região, situa-se a menor distância entre os dois países, de menos de 30 metros.
No outro braço do rio, a movimentação é escassa. Também se detecta a vigilância com torres de controle. Há bancos de terra de assoreamento do rio que, em alguns pontos, torna a distância menor. A travessia é usada por muitos norte-coreanos que tentam sair do país pela China em oposição ao presidente Kim Jong Un. Sinuiju fica a mais de 200 quilômetros da capital Pyongyang.
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Da grande muralha, é possível enxergar a Coreia do Norte. Foto Patrícia Comunello/Especial/JC
A ponte quebrada foi erguida em 1911 com trilhos para trem. Em 1943, foi transformada para uso rodoviário. Em fim de 1950 e começo de 1951, os Estados Unidos bombardearam as ligações para evitar ajuda chinesa ao lado norte-coreano na guerra.

Ponte é ícone e fonte de turismo de Dandong

O titular do Ministério de Divulgação do Comité Municipal de Dandong, Jiao Wanwei, disse que os principais museus e acervos da cidade estão ligados à guerra das Coreias. “Dandong é uma cidade icônica por causa da guerra”, definiu o ministro. Dandong, com 2,3 milhões de habitantes, é a maior cidade fronteiriça da China e única no limite da República Democrática da Coreia.
Além do turismo, turbinado pelo fluxo intenso na ponte, a cidade tem base econômica com indústrias leves - com desenvolvimento de instrumentos de medição e controle área médica -, agricultura, pesca e logística. “Aqui surgiu o primeiro trator de rodas da nova China”, citou o representante. Nova China marca o período da atual república, que começou em 1949 e completa 70 anos este ano.
Ao mesmo tempo que conservou a ponte interrompida, o governo construiu uma ao lado, que é usada para transporte de cargas e passageiros. Hoje 70% das exportações da economia local têm como destino a Coreia do Norte. O porto local também é movimentado. Foi o primeiro porto de fronteira a ser criado e é única zona de comércio. “Temos rodovias e trens de alta velocidade e abrimos rotas com as duas Coreias”, ressaltou Wanwei.
Uma das apostas da cidade pela localização é ser protagonista na estratégia chinesa chamada de Um Cinturão, Uma Rota. Com a iniciativa, que busca estabelecer maior intercâmbio, Dandong passou a se conectar com mais de cem países. A intenção da China é criar caminhos de trocas usando o ramal continental e o marítimo. Hoje o país firmou acordos de cooperação com mais de cem nações. O Brasil ainda não selou sua entrada.