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Energia

- Publicada em 08 de Agosto de 2019 às 21:39

Ideia de terminal de GNL em Rio Grande volta à pauta

Situação do projeto foi discutida em reunião na Assembleia Legislativa

Situação do projeto foi discutida em reunião na Assembleia Legislativa


/GUERREIRO/ALRS/JC
Apesar de ter vencido leilão em 2014 para construir uma termelétrica em Rio Grande, associada a um terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL), o grupo Bolognesi, por uma série de obstáculos financeiros e ambientais, não conseguiu ir adiante com o empreendimento. Em outubro de 2017, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revogou a autorização da usina e os investidores entraram com recurso administrativo para tentar reverter a decisão. Agora, aguarda-se um posicionamento do órgão regulador quanto a esse recurso para definir se há possibilidade de o projeto inicial ter continuidade ou se a área em que o complexo seria instalado pode ser liberada para que outras iniciativas sejam desenvolvidas.
Apesar de ter vencido leilão em 2014 para construir uma termelétrica em Rio Grande, associada a um terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL), o grupo Bolognesi, por uma série de obstáculos financeiros e ambientais, não conseguiu ir adiante com o empreendimento. Em outubro de 2017, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revogou a autorização da usina e os investidores entraram com recurso administrativo para tentar reverter a decisão. Agora, aguarda-se um posicionamento do órgão regulador quanto a esse recurso para definir se há possibilidade de o projeto inicial ter continuidade ou se a área em que o complexo seria instalado pode ser liberada para que outras iniciativas sejam desenvolvidas.
Ainda há outra questão pendente na Aneel. A Bolognesi e o grupo espanhol Cobra têm acertado um acordo de transferência dos direitos da térmica, mas que ainda depende da autorização da agência. Fontes afirmam que se os europeus assumirem o empreendimento, eles deverão implementá-lo em outro estado. A condição desse projeto e de possíveis opções foi tratada na Assembleia Legislativa nessa quinta-feira. Na ocasião, foi criado um grupo de trabalho, coordenado pelo deputado Fábio Branco (MDB), que irá acompanhar o assunto. Além do parlamentar, participam da equipe integrantes do governo do Estado, Universidade Federal do Rio Grande (Furg), Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg) e prefeitura do Rio Grande.
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O deputado ressalta que até a Aneel analisar o recurso a situação está "amarrada". Porém, Branco enfatiza que se trata de um projeto muito importante para o Estado para se desistir dele. O parlamentar argumenta que o novo marco regulatório para o gás natural proposto pelo governo federal representa uma ótima oportunidade para que um empreendimento dessa natureza seja implementado em Rio Grande. Outra opção que pode viabilizar uma nova térmica no Estado é a realização de leilões regionais de energia. O plano de Branco é, nos próximos dias, fazer uma visita ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para frisar a relevância da implantação de um terminal de GNL para aumentar a oferta de gás no Rio Grande do Sul.
A termelétrica da Bolognesi teria 1.238 MW de capacidade instalada, o que corresponderia a quase um terço da demanda elétrica do Rio Grande do Sul. A estrutura seria associada à implantação de um terminal de GNL com potencial para até 14 milhões de metros cúbicos de gás natural ao dia. Juntas, as estruturas representariam um investimento superior a R$ 3 bilhões.

Novo plano prevê construção de duas usinas com até 650 MW cada

Mesmo se a Aneel negar o recurso dos empreendedores e manter a revogação da autorização da térmica, isso não significa que Rio Grande ficará sem chances de receber complexos ligados à área de energia. O sócio diretor da desenvolvedora de projetos RPI Ricardo Pigatto (que esteve envolvido com o empreendimento original da Bolognesi) prefere não divulgar nomes, contudo afirma que há novos investidores interessados em instalar um terminal de GNL em Rio Grande. Essa estrutura poderia alimentar duas térmicas, uma localizada no próprio município e outra em Nova Santa Rita (cidade que sedia uma subestação de energia de enorme capacidade).
O empresário diz que a meta é colocar as usinas, cada uma com 650 MW de potência instalada, para disputar leilões de energia já a partir do próximo ano. Pigatto calcula que o investimento em todos esses complexos será de cerca de R$ 3,5 bilhões. Um fator que pode fazer com que o novo projeto do terminal não sofra tantos obstáculos como o antigo é que a regaseificação será feita em terra e no anterior previa-se que o processo aconteceria em cima da água, em um navio.