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Economia

- Publicada em 01 de Agosto de 2019 às 14:45

Santander terá portabilidade de maquininhas

Clientes poderão receber suas vendas pela Getnet, sem precisar comprar uma nova maquininha

Clientes poderão receber suas vendas pela Getnet, sem precisar comprar uma nova maquininha


REPRODUÇÃO YOUTUBE/DIVULGAÇÃO/JC
Abrindo uma nova frente de concorrência, o Santander lançou a portabilidade de maquininhas de cartão nesta quinta-feira (1º). Um cliente que tenha um aparelho de uma concorrente poderá receber suas vendas pela Getnet sem precisar comprar uma nova maquininha.
Abrindo uma nova frente de concorrência, o Santander lançou a portabilidade de maquininhas de cartão nesta quinta-feira (1º). Um cliente que tenha um aparelho de uma concorrente poderá receber suas vendas pela Getnet sem precisar comprar uma nova maquininha.
A portabilidade vale apenas para os modelos mais simples, que dependem de smartphone para funcionar, vendidos tradicionalmente para autônomos e microempreendedores (MEI).
Assim como os celulares, que no passado eram bloqueados pela operadora, o dispositivo que recebe pagamentos com cartões de crédito e débito também é atrelado à empresa que vendeu ou alugou o aparelho.
Para tentar roubar uma fatia desse mercado, a Getnet desenvolveu um software que permite capturar as vendas com o uso das maquininhas de concorrentes, como a Stelo, da Cielo, a Minizinha, da PagSeguro -pertencente ao grupo UOL, que tem participação acionária minoritária e indireta na Folha de S.Paulo- e a Minipop Credicard, do Itaú, que também é dono da Rede.
A troca de empresa é feita pelo aplicativo para smartphone. Depois de baixado no celular, o cliente deve se cadastrar na Getnet. Ele então conecta a maquininha, de qualquer marca, via bluetooth, e utiliza o sistema da empresa do Santander para processar a compra. Se quiser, pode retornar ao sistema operacional original da máquina.
O banco estima que existam no mercado quatro milhões dessas maquininhas atreladas ao celular e espera, com a portabilidade, trazer de 300 mil a 400 mil novos clientes até o fim de 2020.
A atração de novos clientes dependerá, porém, da oferta de custos mais baixos e do prazo de pagamento das vendas, especialmente a crédito. A guerra de maquininhas se intensificou em maio, quando a Rede passou a pagarem dois dias vendas a crédito, eliminando a despesa do lojista de antecipar recebíveis.
Na Getnet, clientes da Superget (o modelo da portabilidade), pagam 2% de taxa e recebem as vendas em dois dias. A disputa tende a espremer ainda mais as margens das empresas, que já vivem uma concorrência acirrada.
O país tem atualmente cerca de 10 milhões de maquininhas, segundo dados da Abecs (associação da indústria de cartões). A fatia do Santander é de 12% do total e a meta do banco é chegar a 14% até o final de 2020.
Pedro Coutinho, presidente da Getnet, diz que a portabilidade poderá ser expandida para maquininhas mais sofisticadas, desde que tenham sido comparadas pelos lojistas --o mercado ainda tem varejistas que alugam o dispositivo, especialmente nas grandes redes.
"[A portabilidade] não traz volume, mas traz cliente, em especial, uma base que nos interessa muito", afirma Coutinho.
Usuários dessa maquininha são micro e pequenos empreendedores, que vendem entre R$ 500 a R$ 2.000 por mês no cartão, segundo o banco.
Ainda assim, é um segmento que tem sido amplamente disputado pelas empresas de adquirência.
Na terça (31), outra participante do mercado, a Stone anunciou uma associação com o Grupo Globo para operar justamente no segmento de autônomos e microempreendedores. Ainda não há detalhes do modelo de negócio e se o aparelho a disposição do consumidor será semelhante ao que a Getnet fará portabilidade.
Quando a Oi lançou a portabilidade, concorrentes foram a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para protestar contra a nova prática. O órgão deu vitória companhia telefônica e instituiu a obrigatoriedade da portabilidade.
O mesmo pode acontecer com os dispositivos físicos maquininhas, também reguladas pela Anatel.
A maioria delas são, inclusive, do mesmo fabricante. A gigante chinesa Pax produz a Minizinha, a Stelo e a Superget. A Minipop é da brasileira Gertec.
Folhapress
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