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conuntura

- Publicada em 31 de Julho de 2019 às 18:27

Copom corta taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, para 6,00% ao ano

A próxima reunião está marcada para os dias 17 e 18 de setembro

A próxima reunião está marcada para os dias 17 e 18 de setembro


Antonio Cruz/Agência Brasil/JC
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic (a taxa básica de juros da economia) de 6,50% para 6,00% ao ano. Este é o primeiro corte da taxa após 16 meses e interrompe sequência de dez reuniões consecutivas de manutenção dos juros. Com isso, a Selic está agora em um novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic (a taxa básica de juros da economia) de 6,50% para 6,00% ao ano. Este é o primeiro corte da taxa após 16 meses e interrompe sequência de dez reuniões consecutivas de manutenção dos juros. Com isso, a Selic está agora em um novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.
Em função da fraqueza da economia, dos índices de inflação controlados e do andamento da reforma da Previdência na Câmara, a decisão de hoje de redução da taxa era largamente esperada pelos economistas do mercado financeiro.
De um total de 55 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 51 esperavam por um corte, sendo que 26 aguardavam por redução de 0,25 ponto porcentual e 25 instituições projetavam corte de 0,50 ponto porcentual. Outras quatro instituições projetavam estabilidade para a Selic.
Ao justificar a decisão, o BC avaliou que a evolução do cenário básico e, em especial, do balanço de riscos prescreve ajuste no grau de estímulo monetário. Ao mesmo tempo, o BC afirmou que a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo, indicando um novo corte na próxima reunião, em setembro.
Ainda assim, o Copom enfatizou que a comunicação dessa avaliação não restringe sua próxima decisão. "Os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação", reiterou o colegiado.
No documento, o BC também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado - que utiliza expectativas para câmbio e juros do mercado financeiro, compiladas no relatório Focus -, o BC manteve sua projeção para o IPCA em 2019 em 3,6%. No caso de 2020, a expectativa permaneceu em 3,9%.
No cenário de referência, em que o BC utilizou nos cálculos uma Selic fixa a 6,50% e um dólar a R$ 3,75, a projeção para o IPCA em 2019 também seguiu em 3,6%. No caso de 2020, o índice projetado foi de 3,7% para 3,6%. As projeções anteriores constaram no Relatório Trimestral de Inflação divulgado em junho
O centro da meta de inflação perseguida pelo BC este ano é de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (2,00 a 5,00%).

Petry comemora decisão do Copom sobre redução da taxa de juros

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Porcello Petry, comentou a decisão de redução da taxa de juros anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para 6%. De acordo com o dirigente, a baixa de 0,5% estimula o crescimento nacional. “Precisamos voltar a crescer e a Selic mais baixa pode nos dar novos estímulos”, destaca.
A Fiergs também apoia a continuação das reformas previdenciária e tributária, que tramitam no Congresso Nacional para alavancar a retomada econômica no Brasil. “Não podemos abandonar a agenda de reformas. Mesmo que estejamos vivendo um ciclo de juro baixo agora, é a sua consolidação e a sustentabilidade fiscal que irão permitir juros civilizados no futuro”, reforça Petry.