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- Publicada em 30 de Julho de 2019 às 21:38

Novo plano de saúde foca público acima de 49 anos

Valores são até 40% abaixo dos praticados no mercado, disse Zottis

Valores são até 40% abaixo dos praticados no mercado, disse Zottis


/RODRIGO ONZI/DIVULGAÇÃO/JC
Apresentado por seus idealizadores como produto sem similar no mercado brasileiro, e talvez mundial, o plano Maturidade Max é resultado de uma parceria entre a operadora Fátima Saúde, o Hospital Saúde e o Alfa Laboratório, empresas com sede em Caxias do Sul. O produto, que estará à disposição do mercado a partir de 9 de setembro, tem foco exclusivo no público com idade acima dos 49 anos. A proposta é garantir atendimento de qualidade com custo até 40% menor que o praticado atualmente no mercado.
Apresentado por seus idealizadores como produto sem similar no mercado brasileiro, e talvez mundial, o plano Maturidade Max é resultado de uma parceria entre a operadora Fátima Saúde, o Hospital Saúde e o Alfa Laboratório, empresas com sede em Caxias do Sul. O produto, que estará à disposição do mercado a partir de 9 de setembro, tem foco exclusivo no público com idade acima dos 49 anos. A proposta é garantir atendimento de qualidade com custo até 40% menor que o praticado atualmente no mercado.
De acordo com o diretor do Fátima Saúde, Roberto Zottis, o modelo atual de operação dos planos chegou ao seu limite de sustentação econômica. "Está muito difícil equacionar os custos crescentes do serviço com a renda das pessoas mais maduras, especialmente nos planos familiares", explicou.
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Zottis argumentou que a inflação da área da saúde supera de quatro a cinco vezes a geral e os reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde (ANS) não cobrem os custos. Ao mesmo tempo, o índice é sempre superior ao aumento dos salários ou das aposentadorias. Neste ano, foi de 7,35%. "Foi mais político do que técnico", definiu o diretor, reconhecendo, no entanto, que prejudica os operadores e os clientes. "Algumas operadoras já suspenderam novas vendas de planos familiares para este público, porque o equilíbrio é complexo", enfatizou.
O diretor citou que, atualmente, o estado já tem 31% de sua população com habitantes acima dos 50 anos, parcela que deve chegar a 48% nas próximas quatro décadas. "No longo prazo, não há perspectiva de cobertura destes custos", reforçou.
Zottis explicou que o principal diferencial na nova relação é que os três atores serão sócios na operação - na forma de contrato e não por meio de uma pessoa jurídica. Portanto, buscam objetivos comuns, que garantam atendimento de qualidade, a um preço menor, e com maior eficiência e celeridade.
Os futuros usuários do plano terão de 30 a 40 médicos clínicos para o atendimento inicial, em espaço específico no prédio do antigo Hospital Del Mese, no Centro da cidade, onde o Fátima Saúde já oferece outros serviços. O funcionamento será em horário comercial, mas com possibilidade de extensão à noite caso a demanda justifique. "Também poderemos aumentar o quadro de profissionais", antecipa Zottis. Já os exames serão todos realizados no Alfa Laboratório e as internações, no Hospital Saúde, que também fará os atendimentos de urgência e emergência.
Os médicos especialistas poderão vir a ser os que já atendem pelo Fátima Saúde, desde que alinhados com a nova visão do plano. "É provável que a rede ganhe outros profissionais", comentou. De acordo com o diretor, uma das grandes vantagens do modelo é que haverá um prontuário único por paciente, acessível a todos os envolvidos. "Estamos resgatando o médico de família do passado", salienta. Na avaliação de Zottis, é possível que, futuramente, sejam firmadas novas parcerias, ampliando a cobertura dos serviços prestados.
Para o diretor, um dos grandes desafios será mudar a cultura do usuário, que hoje tem total liberdade para escolha de médicos e laboratórios. Reconhece que, aparentemente, trata-se de uma restrição. Mas pondera que esta visão não é real. "Mais do que resolver problemas, o médico de referência é o elo entre o paciente e os responsáveis pelo atendimento, no caso de especialistas. Este profissional gerencia a saúde do paciente", reforça.
Um dos problemas no modelo atual é, segundo Zottis, a rede credenciada em que os prestadores de serviços atuam como ilhas, sem integração entre si. Afirma que esta condição eleva os custos na cadeia total dos serviços. "Nosso objetivo é limpar os excessos e aplicar na qualidade", salienta. Destacou que a proposta vai na contramão do praticado habitualmente, que é de verticalização dos processos.

Como são os valores?

Os valores são definidos em função de idades. Os planos individuais começam em R$ 430,37 para quem tem entre 49 e 53 anos; R$ 537,96 entre 54 e 58 anos; e R$ 768,74 a partir de 59 anos. A operadora também ofertará planos familiares, e o usuário terá a garantia de atendimento quando estiver fora da cidade, assim como ocorre atualmente. Na avaliação de Roberto Zottis, a ideia pode, no futuro, ser estendida para outras idades.
A partir do lançamento, os primeiros 500 contratos que efetivarem a adesão, terão desconto de 10% nos primeiros seis meses de mensalidade. A perspectiva de Zottis é que esse lote seja comercializado no prazo de dois a três meses. Ele reconhece ser possível uma forte migração deste público já atendido pela operadora para o novo plano, gerando, inicialmente, uma perda de receita. "Mas queremos é atrair novos usuários." O reajuste do plano seguirá as normas da Agência Nacional de Saúde.