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Economia

- Publicada em 29 de Julho de 2019 às 21:31

Innova vai construir uma termelétrica em Triunfo

Estrutura utilizará cavaco de madeira como combustível principal

Estrutura utilizará cavaco de madeira como combustível principal


/JONATHAN HECKLER/arquivo/JC
Jefferson Klein
A eletricidade é considerada um insumo fundamental para todos os setores da economia, em especial para os segmentos eletrointensivos como é o caso do petroquímico. Dentro desse contexto, a empresa Innova, fabricante de resinas com planta localizada no polo de Triunfo, construirá nesse município uma termelétrica que utilizará o cavaco de madeira como combustível principal.
A eletricidade é considerada um insumo fundamental para todos os setores da economia, em especial para os segmentos eletrointensivos como é o caso do petroquímico. Dentro desse contexto, a empresa Innova, fabricante de resinas com planta localizada no polo de Triunfo, construirá nesse município uma termelétrica que utilizará o cavaco de madeira como combustível principal.
Em outubro do ano passado, a companhia protocolou o pedido de outorga da usina na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sob o regime de Autoprodução de Energia Elétrica. O tema será deliberado hoje durante a reunião pública ordinária da diretoria do órgão regulador. Como o relator do processo, diretor Rodrigo Limp Nascimento, apresentou voto favorável à iniciativa, a tendência é que não haja obstáculos para a continuidade do projeto. A partir da assinatura da resolução autorizativa da Aneel, o empreendedor tem o prazo limite de 36 meses para a entrada em operação da térmica. A empresa catarinense Icavi ficará responsável pela implantação da usina da Innova.
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A termelétrica está planejada para uma potência instalada de 30 MW, o que representa menos de 1% da demanda de energia do Rio Grande do Sul, porém, para plantas de biomassa (queima de matéria orgânica), é considerado um complexo de grande porte. O advogado da Souza Berger Advogados, especialista na área de energia, Frederico Boschin, esclarece que o autoprodutor de energia pode aproveitar a geração para atender à sua demanda e, com autorização da Aneel, pode comercializar o excedente através da rede elétrica.
Boschin detalha que uma das vantagens em gerar energia para o consumo da própria empresa é que não há incidência de ICMS nesse processo. Quanto aos benefícios do uso da biomassa, o advogado comenta que com esse combustível é possível gerar uma grande quantidade de energia sempre no momento em que é necessária (a chamada energia de base, que não oscila com as condições climáticas como a eólica e a solar).
O sócio-diretor da Assessoria Empresarial Faque (que também trabalha com projetos no segmento de energia) Fabio Quevedo acrescenta que implementar uma usina como essa e ter sua própria energia deixa a empresa mais independente em relação ao mercado elétrico, que pode ser suscetível a instabilidades. Por outro lado, Quevedo argumenta que uma das dificuldades de um projeto dessa natureza é contar, por longo prazo, com uma ampla oferta de combustível para alimentar a termelétrica e adequar os custos logísticos envolvidos com a operação.
Procurada pela reportagem do Jornal do Comércio, a Innova não se manifestou quanto ao investimento ou sobre o volume de cavacos que deverão ser consumidos pela usina. No entanto, a título de comparação, a térmica da Omega Engenharia, que será instalada em Cambará do Sul, com 50 MW de capacidade, prevê o consumo de cerca de 500 mil toneladas ao ano de madeira. O investimento na termelétrica da região dos Campos de Cima de Serra, que envolve ainda a construção de uma linha de transmissão, é estimado em R$ 300 milhões.
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