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Mentes Transformadoras

- Publicada em 25 de Julho de 2019 às 03:00

Futuro é da colaboração, e não da competição

Movimento pró-construção coletiva está mais forte, destaca Lamb

Movimento pró-construção coletiva está mais forte, destaca Lamb


/CLAITON DORNELLES/JC
Não é de hoje que gaúchos e não gaúchos citam o bairrismo e a falta de capacidade de convergir dos empresários como uma força que puxa as iniciativas locais para trás. O Rio Grande do Sul já perdeu muito tempo e espaço com isso.
Não é de hoje que gaúchos e não gaúchos citam o bairrismo e a falta de capacidade de convergir dos empresários como uma força que puxa as iniciativas locais para trás. O Rio Grande do Sul já perdeu muito tempo e espaço com isso.
Mas, há algo diferente no ar, uma nova visão que parece estar sendo construída para gerar interações mais eficazes para todos. É o que tem observado Luís Lamb, secretário da Inovação, Ciência e Tecnologia do RS e pesquisador de Inteligência Artificial. Para ele, o que se vê nos últimos tempos é uma conscientização de um número maior de empresas de que mesmo os competidores são grupos com os quais é possível interagir.
"Hoje o jogo entre competidores é muito mais ético, da mesma forma que a tendência é identificar os colaboradores que são leais. Não tem mais como esconder comportamentos que não condizem com o bem-estar coletivo. Precisamos construir colaborações que não são competições", defende.
A perspectiva é que em breve não exista mais espaço para as sociedades individualistas. Nesse novo modelo, onde a comunicação é cada vez mais rápida e as informações e o conhecimento circulam de forma acelerada, é preciso colaborar para que cada um construa a sua parte e dê a sua contribuição em termos de conhecimento.
"Os bons exemplos que temos mundo afora tem mostrado que colaborar para o bem comum, pela cidade, pelo estado e pelo País traz benefícios para todos", relata. Foi justamente essa visão que levou a criação da Aliança para Inovação de Porto Alegre, formada pela articulação das três maiores universidades gaúchas Ufrgs, Pucrs e Unisinos, da qual Lamb foi um dos principais articuladores.
Esse movimento pró-construção coletiva, explica, está ficando mais forte em função das atitudes das pessoas. As organizações se abrem à medida que os atores que estão em volta dela pressionam e buscam por colaborações e os acadêmicos se abrem quando a sociedade se dispõe a colaborar ou faz promessas justas para que este conhecimento seja transformado em tecnologia, porque isso gerará oportunidades de trabalho qualificado. E os governos, por sua vez, se movem pela pressão dos agentes da sociedade. "É inviável que cada ser humano sozinho consiga dominar todo o conhecimento necessário para ter um sucesso pessoal em detrimento dos outros. Para construirmos uma sociedade equilibrada e justa, esse processo deve ser colaborativo", relata Lamb.
Um belo exemplo onde isso tem acontecido de forma mais intensa são os ambientes de inovação. Nestes ecossistemas, há uma massa crítica de pessoas com conhecimento muito elaborado. Ali, as ideias isoladamente não valem tanto e, sim, o processo de aprender a construir de forma conjunta essas ideias para que elas se tornem negócios.
"A conexão das pessoas é mediada pela tecnologia, então é fundamental que estejamos conectados e enxerguemos as interações de forma positiva. Todos têm desafios econômicos, culturais, sociais a vencer e para isso será necessária muita colaboração", conclui.

BOX

No próximo episódio do Mentes Transformadoras: Susana Kakuta, diretora do Tecnosinos

Movimento Hélice

O Movimento Hélice, projeto que conecta empresas com startups na Serra Gaúcha, acaba de ganhar o reforço da parceria da Tivit, especializada em soluções digitais. A empresa quer estimular a inovação local por meio de eventos, metodologias e uma rede de relacionamentos para os players locais. "O nosso objetivo é cocriar e fomentar uma comunidade empreendedora que cresce e evolui com os bons negócios", destaca o diretor executivo e Head de Digital Business da Tivit, Wander Cunha. A primeira fase do Movimento Hélice começou no segundo semestre de 2018, e foi idealizado pelas mantenedoras do projeto Marcopolo, Randon, Florense e Soprano.

Canoas Go Bus

1 Canoas Go Bus Divulgação Prefeitura de Canoas - Copia

1 Canoas Go Bus Divulgação Prefeitura de Canoas - Copia


/PREFEITURA DE CANOAS/DIVULGAÇÃO/JC
Os usuários do transporte coletivo de Canoas contam agora com o Go Bus, um aplicativo gratuito que fornece o itinerário de cada linha, horários, tempo de chegada do ônibus e localização exata. Tudo em tempo real. A ideia de prefeitura é que a fiscalização da Secretaria de Transportes e Mobilidade (SMTM) também seja facilitada com o Canoas Go Bus, já que haverá um sistema de alerta para as situações de problemas em rotas que ocasionem desvio de itinerário ou atraso. O aplicativo foi customizado para Canoas a partir do App Teu Ônibus e está disponível tanto no App Store e no Google Play.