Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 15 de Julho de 2019 às 18:57

Ponte vê burocracia como entrave ao desenvolvimento

Ponte tomou posse para novo mandato como presidente da Sociedade de Engenharia

Ponte tomou posse para novo mandato como presidente da Sociedade de Engenharia


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Guilherme Kolling
O ex-ministro Luis Roberto Ponte, 85 anos, foi reconduzido nesta segunda-feira (15) para mais um mandato à frente da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs). Em solenidade na Associação Leopoldina Juvenil, em Porto Alegre, o presidente da Sergs criticou o que chamou de “ciladas contra o progresso”, com destaque para a burocracia que, para ele, entrava o desenvolvimento econômico do Estado e do Brasil.
O ex-ministro Luis Roberto Ponte, 85 anos, foi reconduzido nesta segunda-feira (15) para mais um mandato à frente da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs). Em solenidade na Associação Leopoldina Juvenil, em Porto Alegre, o presidente da Sergs criticou o que chamou de “ciladas contra o progresso”, com destaque para a burocracia que, para ele, entrava o desenvolvimento econômico do Estado e do Brasil.
Ponte questionou, especialmente, a atuação de órgãos de controle e de fiscalização, citando o Ministério Público e o Tribunal de Contas. Ele defendeu a independência dos poderes, salientando que o Executivo deve, sim, respeitar as decisões do Judiciário, mas não pode ficar a reboque de ações de órgãos de controle, especialmente quando essas interferem no andamento de grandes empreendimentos.
“A delegação de poder para os intocáveis organismos de emissão de regras, de controle e de fiscalização, bem como os organismos judiciários, retirou do cidadão e dos agentes econômicos a previsibilidade das suas obrigações e a estabilidade jurídica sem a qual não há investimentos. Até a autonomia do Executivo para planejar suas ações e executá-las fica mutilada”, sustentou Ponte.
O presidente da Sociedade de Engenharia citou exemplos para sua tese, como a implantação do Polo Carboquímico no Rio Grande do Sul, a remoção de casas para a ampliação da pista do aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre, a dragagem do Porto do Rio Grande, a duplicação do trecho Sul da BR-116 e as obras de mobilidade urbana previstas para Copa de 2014 na capital gaúcha.
Ponte ainda aconselhou o governador Eduardo Leite, que prestigiou a cerimônia, a não ouvir as sugestões da Procuradoria quando não considerá-las razoáveis e usar “o poder da sua caneta” como chefe do Executivo para agilizar o desenvolvimento econômico.
Leite agradeceu o conselho, disse que previa dificuldades se não considerasse as observações da Procuradoria e de órgãos de controle, mas garantiu ter coragem para tomar as decisões necessárias para o que for melhor para o Rio Grande do Sul.
O vice-prefeito de Porto Alegre, Gustavo Paim, enalteceu as palavras de Ponte e foi muito aplaudido ao defender que o poder público já faz muito quando não atrapalha o empreendedor privado. Paim também celebrou a adesão da Sociedade de Engenharia ao Pacto Alegre, iniciativa que reúne entidades da sociedade civil e poder público em uma agenda para estimular a inovação na capital gaúcha.
Além de aderir ao Pacto Alegre, Ponte ainda celebrou os 89 anos da Sociedade de Engenharia. A diretoria da entidade para o biênio 2019-2021 terá ainda: Paulo Roberto Fam (1º vice-presidente), José Carlos Cervieri (2º vice-presidente), Walter Lídio Nunes (presidente do Conselho Deliberativo) e João Fortini Albano (vice-presidente do Conselho).
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO