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Economia

- Publicada em 15 de Julho de 2019 às 00:38

Oferta de ações pode bater recorde em 2019

BR Distribuidora está na lista para realizar emissões até o fim do mês

BR Distribuidora está na lista para realizar emissões até o fim do mês


/MARCIO ROBERTO/AGÊNCIA PETROBRAS/JC
Diante do otimismo do mercado impulsionado com a aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência na Câmara, empresas brasileiras antecipam planos para a realização de ofertas de ações. A corrida das companhias tem sido para aproveitar o apetite dos investidores, já provado nas últimas ofertas na B3.
Diante do otimismo do mercado impulsionado com a aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência na Câmara, empresas brasileiras antecipam planos para a realização de ofertas de ações. A corrida das companhias tem sido para aproveitar o apetite dos investidores, já provado nas últimas ofertas na B3.
Até o final do mês são esperados mais de R$ 20 bilhões em emissões, grande parte proveniente das ofertas bilionárias da rede de combustíveis BR Distribuidora e do ressegurador IRB Brasil Re. Nesse ritmo, as ofertas de ações em 2019 podem superar o recorde de 2007, quando as emissões movimentaram cerca de R$ 70 bilhões.
No fim da noite de sexta-feira, a operadora de planos de saúde Hapvida e a locadora de veículos Movida anunciaram suas ofertas, se aproveitando do momento do mercado. A ação da Hapvida subiu quase 50% em um ano e a da Movida avançou 210% no mesmo período. Até mesmo a oferta da Tecnisa, considerada de "segunda linha", tem encontrado demanda entre os investidores. Segundo uma fonte de um banco de investimento, outras ofertas subsequentes (follow ons) que estão na gaveta poderão ser lançadas, para aproveitar o momento de mercado.
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O otimismo já se reflete nos números das emissões. Na primeira metade do ano, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), José Eduardo Laloni, as ofertas de ações somaram R$ 29,3 bilhões, valor recorde desde o início da série histórica, em 2002.
Nesta semana, o vice-presidente da associação disse que está muito otimista em relação às ofertas para o próximo semestre. Ele comentou que os investidores estrangeiros, que até agora demonstraram cautela para direcionar os fluxos de capital ao Brasil, devem começar a se reposicionar. "Tivemos um belo sinal (com a aprovação da reforma em primeiro turno) de que os investidores estrangeiros devem nos olhar de forma diferente", comentou.
Das ofertas que ocorreram na primeira metade do ano, a participação dos fundos de investimentos nas ofertas de ações no Brasil na primeira metade do ano quase dobrou. Do volume de ofertas de ações neste ano, 50% foi incorporado pelos fundos locais, ante média de 26,6% no mesmo período do ano passado.
O chefe de mercados globais do Bradesco BBI, Juan Briano, destaca que as ofertas subsequentes, por já terem liquidez em bolsa, encontram mais facilmente espaço entre os investidores, já que são histórias já conhecidas dos investidores. Mais para frente, as ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) também devem ter mais espaço. Neste ano Centauro e Neoenergia estrearam na bolsa brasileira, sendo que o restante das ofertas foram todas subsequentes.
Outras ofertas de peso estão na fila para irem para a rua. Dentre elas estão as vendas relevantes de participações detidas pela Caixa Econômica Federal no Banco do Brasil e elétrica Alupar. Na primeira metade do ano, os desinvestimentos da Caixa também foram relevantes, com a venda de fatia do IRB e da totalidade de sua participação na Petrobras. Fora os follow ons, o banco público já anunciou o desejo de levar a mercado quatro de suas subsidiárias: Seguridade, de Cartões, a lotérica e sua gestora, emissões que acrescentarão bilhões de reais ao volume de ofertas do ano.
Outro volume que poderá ser acrescentado a essa conta neste ano são as vendas esperadas de participações detidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o que é aguardado com a chegada de Gustavo Montezano à chefia do banco público. "Para mim parece estranho não se vender, por exemplo, a JBS depois da ação subir 100% no ano", comenta um gestor. Além de ações do frigorífico, o banco público de fomento possui participações em empresas como a Petrobras, Vale, Suzano, Klabin, Embraer, dentre outras.
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