Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Agronegócios

- Publicada em 10 de Julho de 2019 às 23:12

Dália Alimentos estreia no mercado avícola

Novo complexo frigorífico da empresa será inaugurado em outubro

Novo complexo frigorífico da empresa será inaugurado em outubro


/DÁLIA ALIMENTOS/DIVULGAÇÃO/JC
Com um investimento de cerca de R$ 180 milhões - entre recursos próprios, de parceiros e produtores - a cooperativa Dália Alimentos, de Encantado, fará sua estreia oficial no mercado de carnes de aves. O novo complexo de abate deve ser inaugurado em outubro, em Arroio do Meio, com área construída de 18 mil metros quadrados. Em fase final, às margens da RS-130, no Vale do Taquari, a unidade irá gerar cerca de 350 empregos. A planta vai iniciar com abate e beneficiamento de 55 mil frangos/dia, mas já está projetada para uma capacidade de 165 mil frangos/dia.
Com um investimento de cerca de R$ 180 milhões - entre recursos próprios, de parceiros e produtores - a cooperativa Dália Alimentos, de Encantado, fará sua estreia oficial no mercado de carnes de aves. O novo complexo de abate deve ser inaugurado em outubro, em Arroio do Meio, com área construída de 18 mil metros quadrados. Em fase final, às margens da RS-130, no Vale do Taquari, a unidade irá gerar cerca de 350 empregos. A planta vai iniciar com abate e beneficiamento de 55 mil frangos/dia, mas já está projetada para uma capacidade de 165 mil frangos/dia.
A maior motivação para ingressar no setor avícola e estruturar o ingresso neste mercado teve origem no fato de os associados serem, em sua maioria, pequenos produtores e necessitarem de mais opções para formação de renda além do leite e dos suínos, explica o presidente da cooperativa, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas. "A cooperativa entendeu que o frango de corte é compatível com as duas atividades já praticadas (suínos e leite) resultando daí a motivação para a estruturação um Programa de Produção Cooperada de Frango de Corte", ressalta Freitas.
Notícias sobre investimentos e negócios são importantes para você?
O programa consiste basicamente em quatro partes. A primeira delas é o projeto ASA, que são os matrizeiros construídos em Vale Verde, no Vale do Rio Pardo. O ASA e uma sociedade formada por 37 funcionários da cooperativa, com uma cota do negócio assumida pela própria Dália, somando cerca de R$ 15 milhões. A segunda parte do projeto é o Incubatório, em fase de construção em Mato Leitão, também no Vale do Rio Pardo, com investimento de R$ 12 milhões por parte da cooperativa. Além disso, o projeto conta com nove condomínios para a produção de frango de corte.
"Os condomínios são constituídos por produtores rurais associados à Dália. Em cada um dos empreendimentos a cooperativa possui uma cota e o investimento em cada condomínio gira em torno de R$ 7,5 milhões (somando cerca de R$ 70 milhões)", explica Freitas.
Por último - e o maior dos investimentos - é o complexo avícola que inclui frigorifico, as fábricas de farinhas e de carnes e fábrica de rações, com investimento de R$ 96 milhões. O foco de todos esses investimentos, que somados se aproximam de R$ 180 milhões, não é necessariamente o promissor mercado externo para a carne brasileira de frango - cujas exportações crescem ano a ano e deve ser ampliada com a carência de proteína animal gerada pelo avanço da peste suína africana na China.
"A crise na China criou a expectativa de melhoria nos preços mundiais de proteína animal. Com certeza, trata-se de uma oportunidade para obter melhor rentabilidade no mercado de carnes, porém, não necessariamente com exportações para a China. Os efeitos causados pelos problemas ocorridos com a peste suína africana naquele país abrangem o mercado mundial, refletindo, inclusive no comportamento dos preços praticados no mercado interno, destaca Freitas. Mas o executivo também ressalta que, por outro lado, o mercado brasileiro de proteína animal, sozinho, não tem condições de acompanhar as variações de preços que deverão ocorrer no mercado internacional, devido ao baixo consumo resultante da crise econômica vivida por aqui. Assim, resume o executivo, as ações da cooperativa não terão como foco somente no mercado chinês, mas em parcerias com consumidores e clientes no mercado interno também, e para outros destinos internacionais.
O executivo lembra que o segmento avícola é agora uma excelente alternativa à atividade suinícola, que há tempos vinha sofrendo sucessivas crises, pela impossibilidade de repassar os custos e mantê-la rentável. "É uma oportunidade para buscarmos o equilíbrio econômico da atividade", sintetiza o presidente da Dália, que em fase de testes já colocou no mercado a linha Frango Dália Golden Chicken, produzido no sistema de cooperação com a Cooperativa Languiru, de Teutônia, em fase experimental.

Os números da cooperativa

  • A Cooperativa Dália Alimentos, de Encantado, no Vale do Taquari, possui 72 anos de fundação, completados em 15 de junho.
  • No exercício de 2018 o faturamento foi de R$ 1,1 bilhão.
  • Conta com 2,2 mil funcionários.
  • Tem como atividades a suinocultura (com abate diário no frigorífico localizado em Encantado de 2,7 mil suínos) e a produção de leite (com duas unidades localizadas em Arroio do Meio, sendo a unidade principal localizada em Linha Palmas e com capacidade de recebimento para 1,1 milhão de litros/dia).
  • Os produtos Dália estão presentes em 24 Estados e no Distrito Federal e são exportados para 20 países localizados nos continentes asiático e africano e no leste europeu, além de países do Mercosul.