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Economia

- Publicada em 12 de Junho de 2019 às 22:00

Rio Grande do Sul cadastra 98 projetos no leilão de energia A-6

Maior parte dos empreendimentos gaúchos são eólicos, com 90 propostas, que atingem 2.414 MW

Maior parte dos empreendimentos gaúchos são eólicos, com 90 propostas, que atingem 2.414 MW


PATRIK STOLLARZ/AFP/JC
Jefferson Klein
O leilão de energia A-6 (seis anos para a entrega da geração) do governo federal, que está marcado para o dia 17 de outubro, contará com a participação das fontes hidrelétrica (com capacidade instalada de 1 MW a 50 MW), eólica, solar fotovoltaica, termelétrica a biomassa, carvão mineral nacional e gás natural. Foram cadastrados um total de 1.829 projetos, que somam 100.874 MW. Somente em empreendimentos a serem desenvolvidos no Rio Grande do Sul, foram inscritos 98 complexos, que alcançam 4.147 MW (suficiente para atender a toda a demanda média do Estado).
O leilão de energia A-6 (seis anos para a entrega da geração) do governo federal, que está marcado para o dia 17 de outubro, contará com a participação das fontes hidrelétrica (com capacidade instalada de 1 MW a 50 MW), eólica, solar fotovoltaica, termelétrica a biomassa, carvão mineral nacional e gás natural. Foram cadastrados um total de 1.829 projetos, que somam 100.874 MW. Somente em empreendimentos a serem desenvolvidos no Rio Grande do Sul, foram inscritos 98 complexos, que alcançam 4.147 MW (suficiente para atender a toda a demanda média do Estado).
A maior parte dos projetos gaúchos são eólicos (90, que atingem 2.414 MW). São mais quatro termelétricas a carvão (1.667 MW), três pequenas centrais hidrelétricas (31 MW) e uma hidrelétrica (35 MW). O advogado da Souza Berger Advogados e especialista na área de energia, Frederico Boschin, ressalta que, no caso dos empreendimentos eólicos, os projetos gaúchos enfrentarão novamente uma acirrada concorrência com as iniciativas desenvolvidas no Nordeste. Aquela região do País tem uma maior produção de ventos do que no Sul, além de possuir uma cadeia industrial para o segmento eólico mais madura, o que diminui o custo para implementar um complexo que utilize essa fonte de energia. Saem vencedores do leilão e comercializam sua produção apenas os projetos mais competitivos. Boschin comenta que, em média, apenas entre 10% a 15% da potência total ofertada nos leilões é efetivamente comercializada.
Anteriormente, outro obstáculo enfrentado pelos projetos gaúchos era o atraso de uma série de obras de transmissão de energia que seriam feitas pela Eletrosul no Estado. Essa lacuna dificultava o escoamento da eletricidade produzida por novos empreendimentos. No entanto, essas linhas e subestações foram relicitadas, e, como se trata de um leilão de energia A-6 (com mais prazo para a entrega da geração), haveria tempo hábil para conciliar a conclusão das estruturas de transmissão e a finalização das usinas.
No geral do País, Boschin salienta que mais da metade dos empreendimentos cadastrados no leilão, tanto em número como em potência acumulada, são oriundos das fontes solar (825, que somam 29.780 MW de capacidade instalada) e eólica (845, que totalizam 25.158 MW). O advogado reforça que o crescimento do uso das fontes renováveis é uma tendência mundial e o Brasil não foge à regra. Apesar desse fenômeno, Boschin vê espaço para que empreendimentos de energia firme (que não oscilam com as condições climáticas, como o gás natural e o carvão) se desenvolverem também. No caso específico de complexos carboníferos, os quatro projetos localizados no Rio Grande do Sul foram os únicos a serem cadastrados no certame.
O presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan, defende que o carvão é uma fonte energética competitiva e não descarta que pelo menos um dos projetos consiga sair vitorioso da disputa. No entanto, o dirigente destaca que as chances dependerão do volume de energia que será contratado. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) não divulga quais empreendimentos foram cadastrados, apenas a sua fonte. Porém, entre os quatro complexos a carvão inscritos, Zancan adianta que devem estar o projeto Ouro Negro, a ser construído em Pedras Altas, e de Seival, a ser erguido em Candiota.
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