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Economia

- Publicada em 12 de Junho de 2019 às 21:55

Empresários vão injetar R$ 500 milhões no Rio Grande do Sul

Executivos divulgaram planos durante o Tá na Mesa da Federasul

Executivos divulgaram planos durante o Tá na Mesa da Federasul


/LUIZA PRADO/JC
Adriana Lampert
Somando investimentos superiores a R$ 500 milhões que serão injetados no Rio Grande do Sul até o final de 2019, três empresários foram a atração da reunião-almoço Tá na Mesa desta semana, ocorrida no final da manhã de ontem, na Federasul. As iniciativas previstas para os próximos anos também pautaram as palestras dos executivos, que, juntos, prometeram desde expansão dos negócios e renovação de propósito de marca até aumento da arrecadação no Estado.
Somando investimentos superiores a R$ 500 milhões que serão injetados no Rio Grande do Sul até o final de 2019, três empresários foram a atração da reunião-almoço Tá na Mesa desta semana, ocorrida no final da manhã de ontem, na Federasul. As iniciativas previstas para os próximos anos também pautaram as palestras dos executivos, que, juntos, prometeram desde expansão dos negócios e renovação de propósito de marca até aumento da arrecadação no Estado.
O diretor-presidente da CCR Viasul, Roberto de Barros Calixto, destacou que a operação da freeway (BR-290), com praças de pedágio funcionando desde fevereiro, está garantido repasses em impostos a seis municípios, que estão tendo um salto em arrecadação.
O gestor do grupo responsável pela operação de outras estradas federais, como BR-448 (Rodovia do Parque), BR-101 e BR-386, anunciou a readequação da qualidade dos trajetos, com a construção de cinco praças de pedágios, com início de cobrança até fevereiro de 2020. "Em agosto, vamos começar a operação de guinchos e ambulâncias na BR-101 (trecho de Osório a divisa com Santa Catarina), e BRs 386 e 448, a exemplo do que já ocorre com a freeway."
Segundo Calixto, a empresa estima investir R$ 350 milhões no Estado em 2019. Ao longo dos 30 anos de concessão, o grupo deve investir perto de R$ 9 bilhões em ampliação (R$ 5 bilhões) e operação e manutenção (R$ 3,6 bilhões) nas rodovias que administra."
Dentre as obras, está prevista a duplicação completa da BR-386 (de Canoas a Carazinho), com início programado para fevereiro de 2021, a partir de Lajeado. A obra deverá ser entregue finalizada daqui a 15 anos. O gestor da CCR Viasul afirmou ainda que o grupo pretende participar das concessões de duas rodovias estaduais. "A ideia é consolidar uma parceria longa no Estado."
"No ano em que comemora uma década de atuação no Rio Grande do Sul, a CMPC está renovando seu propósito de marca: criar (celulose para base de diversos produtos), conviver (com 62 municípios onde a empresa extrai madeira) e conservar (o meio ambiente onde atua)", discursou o diretor-geral da companhia, Mauricio Harger.
Em 2015, a empresa concluiu a expansão da operação em Guaíba, onde quadruplicou a produção com uma nova planta e um investimento de R$ 5 bilhões.
Agora, serão destinados R$ 115 milhões em melhorias na fábrica neste ano, além da modernização do terminal privado para o carregamento das barcaças que transportam madeira pela Lagoa dos Patos até o porto do Rio Grande. De acordo com Harger, a CMPC também tem reservado R$ 14 milhões para projetos sociais, culturais e esportivos.
Em coletiva à imprensa ocorrida antes do evento, os empresários listaram uma série de soluções em inovação e seus reflexos no desenvolvimento do Estado, ponderando que ainda há empecilhos. "Infraestrutura e mão de obra qualificada são dois problemas no Rio Grande do Sul quando o assunto é atração de investimentos", considerou o CEO da SKA Automação de Engenharias, Siegfried Koelln.
O executivo da empresa estabelecida no parque tecnológico da Unisinos (Tecnosinos) lembrou que o Rio Grande do Sul vem perdendo competitividade nas últimas décadas, com o PIB gaúcho se nivelando aos resultados dos outros dois estados do Sul. "Há 30 anos, o desempenho era igual à soma dos PIBs de Santa Catarina e Paraná", comparou. "Muitas indústrias gaúchas já migraram para outras unidades federativas", lembrou.
"No que se refere à mão de obra, as dificuldades são muitas. Não necessariamente quem tem curso superior é mais qualificado que aquele que tenha um curso técnico", observou Koelln ao afirmar que o mundo acadêmico demora mais para se adequar ao mercado.
"Vemos o Rio Grande do Sul com muito potencial", ponderou Calixto. "Acredito que uma tendência é que as empresas façam o treinamento dos seus funcionários", destacou. "Outro fator inadmissível é que dois centros urbanos como Porto Alegre e Caxias do Sul ainda não tenham as rodovias de acesso duplicadas."
Devido a estas deficiências, o maior mercado da SKA está fora do Estado, frisou Koelln. Ainda assim, para os próximos cinco anos a companhia, com três décadas de atuação em solo gaúcho, pretende injetar R$ 50 milhões em projetos na área de construção civil, R$ 37 milhões na área agrícola (sendo que R$ 10 milhões já foram aplicados no segmento de lácteos), R$ 15 milhões na área de informática, e de R$ 5 milhões na cervejaria Fritz Bier, um dos diversos negócios do grupo.
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