O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), elaborado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), apontou uma expansão de 2,2% na série com ajuste sazonal em abril. Em março, o índice havia recuado 3,1%. O faturamento real e as compras industriais, com altas de 7,1% e 8,7%, respectivamente, sustentaram uma melhora do índice há dois meses.
Frente a abril de 2018, o IDI-RS registrou elevação de 2,5%. Já no ano, o indicador acumula alta de 1,9% nos quatro primeiros meses do ano. Em 12 meses, o setor industrial enfrenta ainda desaceleração, com queda de 2,1%. A média móvel trimestral do índice, que dá pistas de tendência futura, mostra estabilidade desde julho do ano passado, "confirmando que o setor passa por um período de estagnação", diz a Fiergs, em nota.
Em abril, as horas trabalhadas na produção cresceram 0,2% e a utilização da capacidade instalada (UCI) subiu 0,6% ante março. Por outro lado, o emprego e a massa salarial real caíram 0,2% no mês. A avaliação da área econômica da federação é que os indicadores mostram que "a atividade do setor continua instável e estagnada, tendo com o principal entrave a demanda, afetada internamente pela fragilidade do mercado de trabalho, pela política fiscal restritiva e pelas incertezas no cenário político, e externamente, pela desaceleração global, sobretudo a crise da Argentina".
Nos quatro primeiros meses de 2019, faturamento real (6,2%), compras industriais (1,9%), UCI (1,4%), horas trabalhadas na produção (0,9%) e emprego (0,5%) estão melhores que os quatro primeiros de 2018. Apenas a massa salarial real dos empregados ficou abaixo, com queda de 2,5%.
O índice sinaliza ainda que apenas oito dos 17 setores analisados apresentaram crescimento desde janeiro. Tabaco, com elevação de 18,6%, e veículos automotores, com avanço de 16,3%, lideraram as altas. Os recursos foram puxados por alimentos (-2%), químicos e derivados de petróleo (-1,3%) e produtos de metal.