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Negócios Corporativos

- Publicada em 03 de Junho de 2019 às 00:03

Inter busca diversificar fontes de receitas

Ginásio Gigantinho é o terceiro maior do Brasil com capacidade para 15 mil pessoas

Ginásio Gigantinho é o terceiro maior do Brasil com capacidade para 15 mil pessoas


MARCO QUINTANA/JC
"Não colocar todos os ovos na mesma cesta" é um provérbio seguido por várias empresas e é um caminho que o Sport Club Internacional também pretende adotar. Além do dinheiro que entra através de associados, televisão, publicidade e venda de jogadores, o Colorado tem outros planos para aumentar seu faturamento. Entre os projetos mais imediatos estão as concessões do Centro de Eventos Presidente Arthur Dallegrave e do ginásio Gigantinho.
"Não colocar todos os ovos na mesma cesta" é um provérbio seguido por várias empresas e é um caminho que o Sport Club Internacional também pretende adotar. Além do dinheiro que entra através de associados, televisão, publicidade e venda de jogadores, o Colorado tem outros planos para aumentar seu faturamento. Entre os projetos mais imediatos estão as concessões do Centro de Eventos Presidente Arthur Dallegrave e do ginásio Gigantinho.
No horizonte mais adiante, está a instalação, em Guaíba, do Centro de Treinamento "Cidade do Inter" e a construção de duas torres, para os segmentos comercial e residencial, na parte sul do entorno do Beira-Rio.
No caso do Centro de Eventos, o vice-presidente de negócios estratégicos do Internacional, João Pedro Lamana Paiva, detalha que se trata de um ambiente totalmente climatizado, localizado ao lado do Gigantinho. O centro possui 2,65 mil metros quadrados de área construída, com capacidade para abrigar 800 pessoas sentadas e 1 mil em pé.
Conforme o dirigente, o complexo está com a sua estrutura em condições razoáveis, entretanto necessita de uma reforma. O custo da melhoria é estimado entre R$ 180 mil a R$ 200 mil, que seria arcado por quem assumir o espaço.
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Centro de Eventos tem 2,65 mil metros quadrados e abriga 800 pessoas sentadas. Foto: Marco Quintana
Uma questão que ainda precisa ser resolvida é a ausência de Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI). Uma sugestão para o aproveitamento do centro é a abertura de um edital de concorrência para a instalação de um restaurante e outra ideia é a implantação de um unidade do McDonald's. A chamada pública para os interessados em assumir o Centro de Eventos deve ocorrer ainda neste mês de junho.
Já o ginásio Gigantinho é o terceiro maior do Brasil (somente superado pelo Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, e o Mineirinho, em Belo Horizonte), contando com uma área construída de 7,2 mil metros quadrados e uma quadra de futsal de 36 metros por 18 metros. A capacidade do complexo é para cerca de 15 mil pessoas em shows (quando se ocupa, além das arquibancadas, o espaço da quadra). O Gigantinho também precisa passar por uma reforma, contudo bem mais onerosa que a do Centro de Eventos (a obra é estimada entre R$ 15 milhões a R$ 20 milhões para o ginásio).
Uma maneira de arrecadar esses recursos, aposta Lamana Paiva, é com o uso do "naming rights" (direitos de nomenclatura), a exemplo do que ocorreu com a construção do estádio do Palmeiras, o Allianz Parque. Conjuntamente, a proposta é oferecer o direito de superfície do ginásio por 20 anos para a exploração do investidor que realizar a obra, ficando o clube com participação de um percentual da receita durante o período.
Caso não seja viável conceder o Gigantinho para algum empreendedor, o vice-presidente de negócios estratégicos do Internacional levanta a hipótese da demolição da estrutura atual e construção de um novo prédio com cunho comercial para aluguel. Tanto o Centro de Eventos como o Gigantinho, que estão atualmente ociosos, têm a gestão integral do Inter, não fazendo parte da parceria com a Brio (formada pela sociedade da Andrade Gutierrez com o banco BTG Pactual), como é o caso do estádio Beira-Rio. 

Clube avalia campanha com torcedores para buscar recursos do Centro de Treinamento

Quanto a projetos de mais longo prazo, um destaque é o Centro de Treinamento de Guaíba, hoje chamado de "Cidade do Inter", que prevê a materialização de 14 campos oficiais, alojamento para até 200 atletas da base, concentração para o grupo profissional, entre outras estruturas. O investimento previsto é de aproximadamente R$ 70 milhões e serão necessários cerca de dois anos, a partir do início da obra, para sua conclusão. Uma forma que está sendo avaliada para obter esses recursos é a atração de investidores e uma campanha junto aos sócios e torcedores.
Para que esse empreendimento siga em frente, é necessária a regularização da área (mais de 400 mil metros quadrados, situada na divisa entre Guaíba e Eldorado do Sul, na Estrada do Conde, na margem do lago Guaíba, praticamente em linha reta em relação ao Beira-Rio) em nome do Inter. O terreno, no momento, está em nome de terceiros, mas está com a Procuradoria do Estado o Mandado de Registro de Desapropriação para que o imóvel possa ser registrado no nome do Estado e, posteriormente, possa ser doado ao Internacional, mediante a contrapartidas.
Outra medida, que o vice-presidente de negócios estratégicos do Internacional, João Pedro Lamana Paiva, diz estar agora em "stand by", envolve o entorno do Beira-Rio. Porém, o dirigente enfatiza que é preciso regularizar as ações pretendidas antes de ir adiante com a iniciativa, que se trata da construção de duas torres no lado sul do estádio. Para isso, há um projeto de lei na Câmara de Vereadores no qual o clube solicita o desmembramento da área (que totaliza 2,5 hectares do entorno do Beira-Rio) em que serão erguidos os edifícios pela construtora que ganhar a concorrência.