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Economia

- Publicada em 29 de Maio de 2019 às 17:44

Receita investiga contribuintes da serra gaúcha que declararam ter R$ 100 mil em espécie

Auditores chegaram a identificar declarações de pessoas que dizem ter em casa R$ 1 milhão

Auditores chegaram a identificar declarações de pessoas que dizem ter em casa R$ 1 milhão


Thiago Terra/Receita Federal/Divulgação/JC
Contribuintes que declararam no Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) 2019, ano base de 2018, que tem mais de R$ 100 mil em espécie guardados entraram na mira da Receita Federal no Rio Grande do Sul. 
Contribuintes que declararam no Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) 2019, ano base de 2018, que tem mais de R$ 100 mil em espécie guardados entraram na mira da Receita Federal no Rio Grande do Sul. 
O órgão deflagrou nesta quarta-feira (29) a primeira fase da Operação Tio Patinhas, nome inspirado no personagem de Walt Disney que mantinha dinheiro em cofre em casa, tem como alvo residentes na Serra gaúcha. A fiscalização auditará cerca de R$ 3 bilhões declarados em moeda nacional.
Os auditores identificaram 8.617 pessoas físicas que declararam possuir, pelo menos, R$ 100 mil em dinheiro. Desse grupo, 91 pessoas afirmam ter mais de R$ 1 milhão em espécie. A Receita informou por meio de nota que tem indícios de que os valores são fictícios. 
Uma das pistas que ajuda a reforçar a suspeita de fraude foi a constatação feita pela fiscalização de que um único computador emitiu mais de 800 declarações indicando dinheiro em espécie em valores relevantes.
A Receita informou que as pessoas fiscalizadas serão intimadas a comprovar a existência dos recursos declarados ou retificar a declaração do IRPF. Os contribuintes que informaram que mantêm mais de R$ 1 milhão em moeda em espécie ficam, por exemplo, em Bento Gonçalves, São Marcos, Farroupilha, Vacaria e Gramado.
As declarações que não forem esclarecidas serão retidas em malha até a efetiva comprovação da existência dos valores. O fisco espera um alto índice de retificação, com a regularização espontânea dos contribuintes.
As pessoas que não retificarem a declaração e não comprovarem a existência do dinheiro estão sujeitas a multas que variam entre 75% e 225%, além da representação fiscal para fins penais ao Ministério Público.
A Receita alerta que o dinheiro fictício pode ser usado para cobrir variação patrimonial, compra de carros e imóveis de luxo. Além disso, a origem do dinheiro costuma ser associada a atividades ilícitas, esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro, reforçou em nota. 
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