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Economia

- Publicada em 24 de Maio de 2019 às 03:00

Petrobras questiona distribuidoras sobre preço cobrado pelo gás de botijão

A Petrobras questionou, nesta quinta-feira, dados do Sindigás (sindicato que representa as distribuidoras de gás de botijão) sobre preços do gás de cozinha comercializado no País, negando que venda o produto para uso residencial a valores acima das cotações internacionais.
A Petrobras questionou, nesta quinta-feira, dados do Sindigás (sindicato que representa as distribuidoras de gás de botijão) sobre preços do gás de cozinha comercializado no País, negando que venda o produto para uso residencial a valores acima das cotações internacionais.
A polêmica evidencia as divergências sobre a melhor referência para os preços do GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha) para o mercado brasileiro. Enquanto a Petrobras precifica o produto pelo mercado europeu, ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) e distribuidoras utilizam o norte-americano.
Na quarta-feira, o Sindigás havia afirmado que a empresa vem vendendo o gás destinado a botijões de 13 quilos a valores superiores aos internacionais desde novembro, quando realizou reajuste de 8,5% no preço do produto. A Petrobras afirma que "o preço atualmente praticado na venda de GLP para uso residencial não está acima de seu preço de paridade de importação".
Segundo a empresa, sua política de preços considera a média das cotações no mercado europeu, acrescida de margem de 5%. Além disso, diz a nota, o conceito de paridade de importação inclui o frete e os custos de internação do produto. "O frete marítimo, no caso do GLP, corresponde a uma parcela relevante do PPI (preço de paridade de importação)", afirma.
O Sindigás diz que usa dados da ANP. Na segunda semana de maio, a agência considerava a paridade de importação em
R$ 20,75 em Suape, principal porto de entrada do combustível.
Entre fevereiro e o início de maio, a Petrobras vendeu o gás para botijões de 13 quilos a
R$ 25,33 por quilo. A partir do dia 5 de maio, o preço foi reajustado para R$ 26,20. ANP e Sindigás usam em seus cálculos as cotações Mont Belvieu, usadas referências no mercado norte-americano e por países importadores nas Américas. Mont Belvieu é uma cidade no Texas que tem grande capacidade de armazenamento de líquidos de gás.
A Petrobras usa referência conhecida como ARA (Amsterdã, Roterdã e Antuérpia) em sua política de preços para o GLP, implementada em junto de 2017. As importações geralmente são feitas a preço norte-americano, que geralmente é mais barato.
Considerando os preços Mont Belvieu, o Sindigás diz que o preço médio do gás vendido para botijões de 13 quilos foi de R$ 2,01 por quilo em abril, enquanto a paridade de importação era equivalente a R$ 1,89 por quilo. No caso do gás para outros vasilhames, o preço local era ainda superior, R$ 2,28 por quilo em abril.
Os reajustes no preço do GLP são trimestrais e consideram preços diferentes para diferentes tipos de uso. Mais consumido em residências, o GLP vendido para botijões de 13 quilos é mais barato. A diferença foi estabelecida em 2002, após um período de alta que levou o então candidato à presidência José Serra (PSDB) a criticar publicamente a Petrobras por efeitos negativos em sua campanha.
 
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