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Economia

- Publicada em 20 de Maio de 2019 às 17:22

Maior credor da Avianca pede que Justiça barre proposta da Azul

Azul apresentou uma nova proposta pelos slots da Avianca no dia 13 de maio

Azul apresentou uma nova proposta pelos slots da Avianca no dia 13 de maio


Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Divulgação/JC
O fundo de investimentos Elliott, maior credor da Avianca Brasil, pediu neste domingo (19) ao juiz responsável pelo processo de recuperação judicial da empresa que barre a proposta da Azul pelos ativos da companhia aérea.
O fundo de investimentos Elliott, maior credor da Avianca Brasil, pediu neste domingo (19) ao juiz responsável pelo processo de recuperação judicial da empresa que barre a proposta da Azul pelos ativos da companhia aérea.
O Elliott argumenta que sua proposta em conjunto com Gol e Latam, que prevê o fatiamento dos slots(autorizações de pousos e decolagens) da Avianca em sete UPIs (unidades de produção isoladas, que não incluem dívidas),é a única legítima porque foi aprovada pelos credores da aérea em assembleia de seu plano de recuperação judicial.
Em seu pedido, o fundo diz que "alterar substancialmente o plano aprovado (...), conforme pretendido pela Azul, só causaria mais atrasos ao processo e agravaria ainda mais a situação" da Avianca.
Alega, ainda, que a nova oferta da Azul é uma "aventura jurídica"para reverter a aprovação do plano de Gol e Latam pelos credores e tem "claro objetivo de atender desejo [da Azul] de adquirir os ativosque quer, ao preço que quer".
A Azul apresentou uma nova proposta pelos slots da Avianca no dia 13 de maio. Pelo texto, seria criada umanova UPI com horários de chegada e partida operados pela Avianca Brasil, incluindo os daponte aérea Rio de Janeiro-São Paulo. A companhia ofereceuUS$ 145 milhões (cerca de R$ 573 milhões) pela unidade.
Segundo a Azul, o pedido não invalida o procedimento de alienação judicial das sete unidades produtivas isoladas, na forma do leilão estabelecido no plano de recuperação judicial da Avianca.
O certame constava na oferta do fundo Elliott e das companhias Gol e Latam, e estava inicialmente previsto para 7 de maio. Esse plano prevê que Gol e Latam façam lances de pelo menos US$ 70 milhões por uma UPI cada uma. O lance mínimo por todas as unidades seria de US$210 milhões.
O leilão, porém,foi suspenso por liminar do desembargador Ricardo Negrão.O magistrado atendeu parcialmente a um pedido da Swissport, a quem a Avianca deve cerca de R$ 17 milhões.
A credora busca anular o plano de recuperação judicial aprovado. Alega que a oferta de Elliott, Gol e Latam apresenta conflito de interesses porque envolveu pagamento ao fundo. Também afirma que é ilegal vender os slots porque não são ativos da Avianca, mas sim concessões.O Tribunal de Justiça da São Paulo deverá julgar a legalidade do pregão em 10 de junho.
Procurada, a Azul afirma que sua proposta "oferece uma alternativa ao processo de recuperação judicial da Avianca Brasil, oferecendo aos funcionários, clientes e credores da companhia, e também ao consumidor, uma opção superior. Essa proposta aumenta a competitividade na Ponte Aérea Rio-SP e tem maior probabilidade de implementação, inclusive do ponto de vista operacional, regulatório e concorrencial."
Segundo a empresa, o Elliot é contra a proposta da Azul porque "já recebeu seu pagamento [de Gol e Latam], ao contrário dos milhares de funcionários da Avianca Brasil. A proposta apresenta por eles não traz benefícios a estes funcionários nem aos demais credores da Avianca".
Folhapress
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