Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 12 de Maio de 2019 às 22:05

Brasil exportará arroz beneficiado ao México

Decisão é bem-vinda ao Estado; mexicanos importam 80% do volume do cereal que consomem

Decisão é bem-vinda ao Estado; mexicanos importam 80% do volume do cereal que consomem


/WENDERSON ARAUJO/TRILUX/CNA/DIVULGAÇÃO/JC
O Brasil passará a exportar arroz beneficiado para o México, e em contrapartida, importará feijão mexicano. O anúncio foi feito no fim de semana pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no Japão, onde participou da Reunião dos Ministros da Agricultura do G-20. Na cidade japonesa de Niigata, ela reuniu-se com o secretário da Agricultura e Desenvolvimento Rural do México, Victor M. Villalobos, para anunciar a abertura de mercado para o arroz brasileiro.

O Brasil passará a exportar arroz beneficiado para o México, e em contrapartida, importará feijão mexicano. O anúncio foi feito no fim de semana pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no Japão, onde participou da Reunião dos Ministros da Agricultura do G-20. Na cidade japonesa de Niigata, ela reuniu-se com o secretário da Agricultura e Desenvolvimento Rural do México, Victor M. Villalobos, para anunciar a abertura de mercado para o arroz brasileiro.

Tereza Cristina destacou que todos os requisitos fitossanitários foram cumpridos pelos dois países. A venda de arroz para os mexicanos era uma demanda antiga dos produtores brasileiros, segundo a ministra. "Quero dizer da felicidade dos nossos produtores de arroz, principalmente do Rio Grande do Sul, que esperavam por essa oportunidade de exportar arroz para o México. Recebemos o feijão mexicano para completar o nosso prato principal, o arroz com feijão", disse Tereza Cristina, ao lado do secretário do México.

A notícia foi comemorada pelo setor arrozeiro do País. O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, salienta que esta é uma das maiores conquistas da atual gestão da Federarroz, que se encerra no meio do ano, e que foi um trabalho conjunto com outras instituições como o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), na qual o diretor comercial da época, Tiago Barata, elaborou dossiê detalhando a produção no País, da lavoura até empacotamento. "Aguardamos os detalhes e consolidação de documentos oficiais. Isso deverá repercutir positivamente no mercado nos próximos meses", destaca.

Dornelles explica que, para os produtores, a notícia não poderia vir em um melhor momento, onde ocorre o fortalecimento tanto das cotações do arroz quanto da cotação do dólar. As conversas para a abertura do mercado mexicano ocorrem desde 2015. Na ocasião, Dornelles esteve participando de evento com representantes das Américas em Cancún, onde foram dados os primeiros passos para a negociação, pois na época já havia forte demanda pelo produto brasileiro. Já em 2017, em visita à Expodireto, o vice-presidente da Federarroz, Alexandre Velho, reforçou as negociações juntamente com o então embaixador mexicano, Eleazar Velasco Navarro.

Em 2015, segundo dados do Comité Nacional Sistema Producto Arroz del Mexico, os mexicanos colheram 158,35 mil toneladas de arroz, queda de 80,4% em 30 anos. Em 1985, a produção do país era de 807 mil toneladas. Enquanto isso, no mesmo período, o consumo cresceu de 850 mil para 1,1 milhão de toneladas. Os mexicanos importam cerca de 80% do arroz que consomem. Em outro encontro bilateral, Tereza Cristina reuniu-se com o vice-ministro da Agricultura da Rússia, Sergey Levin. Eles trataram da retomada das exportações brasileiras de proteínas animais e abertura para venda de farinhas e gorduras de origem animal aos russos. A ministra participou ainda de encontro do AG-5, grupo integrado por Brasil, México, Argentina, Canadá e EUA, as cinco maiores economias agrícolas das Américas.

Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO