Cidade do Panamá une história e modernidade

Apesar de mundialmente conhecida por seu canal, o Panamá é bem mais do que essa obra gigantesca que permitiu a ligação entre o oceano Atlântico e o Pacífico. Com 4,1 milhões de habitantes, a estreita porção de terra na América Central é a ponte que liga o Sul ao Norte do continente.

A diversidade do Panamá é o que tem despertado cada vez mais o interesse de turistas, que podem unir cultura, lazer e compras em um mesmo destino. A capital, Cidade do Panamá, é uma metrópole que soube se reinventar ao longo dos anos, unindo o antigo ao contemporâneo.

Os modernos arranha-céus deram à cidade o apelido de "Dubai das Américas". Ao mesmo tempo, ao caminhar pelas vielas de Casco Viejo, no Centro Histórico da cidade, os turistas se deparam com um charmoso patrimônio cultural repleto de belos casarões e restaurantes. Basta pisar no chão de pedra para perceber que a cidade ainda mantém sua identidade de colonização espanhola, de quem se emancipou em 1821, sendo anexada à Colômbia.

O centro histórico se destaca também por uma qualidade que falta em muitas outras cidades turísticas da América Central: a limpeza. Ao contrário de outros destinos na região, como Cartagena e San Andres, na Colômbia, ou Santo Domingo, na República Dominicana, a Cidade do Panamá é limpa e bem cuidada. Outro ponto positivo é que fazer compras no Panamá sai bem mais barato que no Brasil, mas se comparado aos Estados Unidos, é uma cidade mais cara. A moeda é a balboa, porém são os dólares norte-americanos que circulam no país.

Outro ponto de destaque é que diferentemente de Cartagena, cujas ruelas ficam apinhadas de turistas, em Casco Viejo é tranquilo caminhar. A área é considerada segura para turistas, com bastante policiamento. Um dos motivos é que ali fica o palácio presidencial do Panamá. Porém, o taxista que nos levou ao local deu a seguinte orientação: "caminhem apenas pelas ruas com calçamento vermelho, pois são mais seguras."

Além da colonização espanhola, fica evidente a influência norte-americana. Os EUA, de olho nos lucros que poderia obter com a ligação dos oceanos, foram os maiores apoiadores da independência da então província do Panamá da Colômbia, em 1903. Construíram o canal e receberam os direitos econômicos de sua exploração, o que durou até 1999.