Projeto do Cais Mauá será repactuado ou rescindido

Decisão do governo estadual deverá ocorrer em até 20 dias

Por Jefferson Klein

Eduardo Leite se reuniu com grupo de trabalho nesta quinta-feira
Não deve demorar muito tempo para que os gaúchos conheçam o destino de um empreendimento emblemático e que vem sendo debatido há anos: a revitalização do Cais Mauá, em Porto Alegre. Nos próximos 20 dias, o governo do Estado deverá se manifestar se decidirá pela repactuação do contrato com o consórcio Cais Mauá do Brasil ou a sua rescisão.
Um diagnóstico apontando inconformidades no atual acordo foi apresentado ao governador Eduardo Leite, na tarde dessa quinta-feira, no Palácio Piratini, por um grupo de trabalho formado por integrantes da Secretaria dos Transportes e da Superintendência do Porto do Rio Grande.

Estado busca mais autonomia quanto à área

Independentemente da solução que será encontrada quanto ao Cais Mauá, uma meta do governo do Estado é negociar com a União uma maior autonomia na gestão dessa área. A ideia é retirar o espaço da chamada poligonal portuária, que define aquele terreno para a operação de um porto organizado. “É como se a União devolvesse ao Estado uma área que não tem mais interesse portuário”, explica o superintendente do Porto do Rio Grande, Fernando Estima.
Essa medida diminuiria o nível da burocracia envolvida na revitalização. O projeto, até agora, foi pactuado com o aval da União e cada passo dado precisa ser submetido à apreciação do governo federal. O superintendente argumenta que essa quebra de poder de decisão entre município, Estado e União e vários órgãos pode explicar o porquê da morosidade do projeto e do afastamento de investidores. No total, o projeto de revitalização prevê empreendimentos como a construção de um shopping center, estacionamento, restauro de armazéns, implantação de torres comerciais, entre outras ações estimadas em torno de R$ 550 milhões.
Procurada pelo Jornal do Comércio, em nota enviada pelo sócio-diretor da LAD Capital (gestora do fundo FIP), Luiz Felipe Favieri, a Lad Capital e o consórcio Cais Mauá do Brasil destacam “que mantêm seu posicionamento no sentido de que aguardam comunicação oficial dos assuntos tratados na reunião ocorrida na data dessa quinta-feira, reiterando o requerimento já apresentado de audiência com o governador, para fins de debate e formalização de um acordo de repactuação contratual”.
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