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Agronegócios

- Publicada em 28 de Abril de 2019 às 21:13

Nova marca de trator chega ao Brasil pela Agrishow

Fendt, da AGCO, deve proporcionar à companhia a retomada na liderança no setor, perdida em 2017

Fendt, da AGCO, deve proporcionar à companhia a retomada na liderança no setor, perdida em 2017


/AGCO/DIVULGAÇÃO/JC
Maior feira de tecnologia rural da América Latina, e uma das maiores do mundo, a Agrishow chega aos 25 anos na edição de 2019, que tem início hoje, em Ribeirão Preto (SP). E uma das grandes características da feira, que são os grandes lançamentos, terá como destaque neste ano a apresentação de uma nova marca no concorrido mercado brasileiro de tratores. É pela Agrishow que a AGCO está ingressando no Brasil com a Fendt, com investimento de R$ 150 milhões e previsão de futura instalação de uma fábrica no País.
Maior feira de tecnologia rural da América Latina, e uma das maiores do mundo, a Agrishow chega aos 25 anos na edição de 2019, que tem início hoje, em Ribeirão Preto (SP). E uma das grandes características da feira, que são os grandes lançamentos, terá como destaque neste ano a apresentação de uma nova marca no concorrido mercado brasileiro de tratores. É pela Agrishow que a AGCO está ingressando no Brasil com a Fendt, com investimento de R$ 150 milhões e previsão de futura instalação de uma fábrica no País.
Entre as razões para o ingresso no Brasil está o tamanho do mercado e de áreas com potencial de expansão para o agronegócio. É na América Latina que está a maior área futuramente agricultável em todo o mundo - os atuais 144,5 milhões de hectares de de área cultivada podem chegar a 450 milhões de hectares, segundo estudos da empresa.
Os mega tratores da marca impressionam pelo porte, potência e recursos tecnológicos - e podem devolver à AGCO a liderança neste segmento, ultrapassada em 2017 pela John Deere. Para o presidente do Sindicato de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), Claudio Bier, o ingresso da Fendt no Brasil se soma a um movimento de fortalecimento dessas duas grandes multinacionais na América Latina, e especialmente por aqui. A Fendt também ingressa no Brasil com o que ela divulga ser a maior plantadeira do País com fertilizante, dotada de 40 linhas de plantio.
"Há pouco tempo a John Deere adquiriu a argentina Pla e deve investir para ampliar a presença da marca aqui no Brasil, e AGCO também se movimenta neste mesmo sentido colocando a Fendt na disputa", analisa Bier.
A edição da Agrishow 2019, de acordo com os organizadores, deve superar em cerca de 10% as intenções de compra de 2018, mesmo com recursos de linhas de crédito federais como Moderfrota e Inovagro já esgotados. A expectativa é encerrar com valores próximos de R$ 3 bilhões, estimulados pela oferta de crédito com condições de juros e tempo semelhantes ao Moderfrota por bancos privados e pelo Banco do Brasil.
Até o mês passado, parte dos produtores rurais e representantes de indústrias ainda alimentava a esperança de que o governo federal faria um novo aporte de crédito para não prejudicar a feira. Mas, de acordo com Bier, isso já foi descartado. Assim como o pedido feito à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, de antecipação do anúncio do Plano Safra 20191/2020.
"Isso ajuda a dar um horizonte melhor para o produtor sobre o que ele terá pela frente em termos de juros e recursos. Solicitamos isso ao próprio presidente Jair Bolsonaro, que estará na abertura do evento, mas ele também já descartou a possibilidade", lamenta Bier.
Além de todos os setores diretamente envolvidos com o agronegócio, umas das características da Agrishow é atrair os muitos outros segmentos que orbitam no entorno das atividades rurais, do transporte à comunicação. O ramo de caminhões, por exemplo, faz uma grande aposta neste ano, como a Scania, que tem 40% de suas vendas destinados ao setor primário.
Para Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania no Brasil, apesar de o atual momento de vendas estar "um pouco complicado" em função da comercialização da safra de soja, que estaria "estagnada" esperando a melhoria dos preços, as perspectivas para o ano são majoritariamente positivas. Munhoz diz que apesar dos rumos ainda incertos sobre como ficará a relação comercial Estados Unidos e China, fatores como enchentes na Austrália, em fevereiro, são favoráveis aos Brasil, por exemplo, porque vão gerar maior procura pela carne bovina brasileira pela Europa. Além disso, a China está consumindo cada vez mais frangos e suínos brasileiros, o que impactará em mais necessidade de transporte de grãos para ração e menso de animais no mercado interno, e portanto deve haver maior demanda por caminhões.
"O aquecimento do agronegócio vai acelerar a renovação de frotas de caminhões dos pequenos e médios agricultores ou de seus fornecedores logísticos. A roda do agro girando positivamente vai impactar virtuosamente o setor do transporte de cargas", avalia o executivo.

Os números da Agrishow

  • A Agrishow 2019 conta mais de 800 marcas expositoras nacionais e internacionais, e deve atrair a Ribeirão Preto mais de 150 mil visitantes
  • A área da feita foi ampliada de 440 mil metros quadrados para 520 mil m² de área, com destaque para mais espaços para demonstrações de máquinas no campo.