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Economia

- Publicada em 18 de Abril de 2019 às 03:00

Portugal enfrenta greve de caminhoneiros

Abastecimento de combustíveis foi afetado pela paralisação no país

Abastecimento de combustíveis foi afetado pela paralisação no país


/CARLOS COSTA/AFP/JC
Uma greve convocada pelo sindicato dos caminhoneiros que transportam materiais perigosos deixou vários pontos de Portugal - inclusive aeroportos e serviços de ambulância - sem combustível desde a terça-feira. Já são pelo menos três mil postos de combustíveis fechados devido à falta de gasolina e diesel. Na capital e em muitas áreas metropolitanas, motoristas enfrentam longas filas para abastecer.
Uma greve convocada pelo sindicato dos caminhoneiros que transportam materiais perigosos deixou vários pontos de Portugal - inclusive aeroportos e serviços de ambulância - sem combustível desde a terça-feira. Já são pelo menos três mil postos de combustíveis fechados devido à falta de gasolina e diesel. Na capital e em muitas áreas metropolitanas, motoristas enfrentam longas filas para abastecer.
Voos foram cancelados em Faro, na Região do Algarve. No terminal de Lisboa, o mais movimentado do país, o abastecimento seguia abaixo do normal nesta quarta-feira e precisou ser feito por um comboio de caminhões com escolta policial.
Empresas de ônibus afirmam que os estoques de combustível podem acabar em vários pontos. O Inem (Instituto Nacional de Emergência Médica, uma espécie de Samu lusitano) apelou à população para que ambulâncias e outros veículos de transporte de doentes tenham prioridade nos postos de gasolina.
Diante do cenário, o governo português declarou estado de "crise energética" e determinou uma série de medidas excepcionais. Além de colocar as forças militares em alerta, o despacho, assinado conjuntamente pelos ministérios da Administração Interna e do Ambiente e da Transição Energética, diz que serão estabelecidas formas de garantir o abastecimento de combustível e de serviços essenciais, como segurança, socorro e emergências médicas.
Além disso, a decisão do governo também convoca "trabalhadores dos setores público e privado que estejam habilitados com carta de condução de veículos pesados" para auxiliarem na distribuição de combustível.
Sem data para acabar, a greve foi convocada por tempo indeterminado pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, que reivindica o reconhecimento dos caminhoneiros que fazem este tipo de serviço como uma categoria profissional específica, com direito a adicionais relacionados aos riscos e melhor remuneração.
O governo português conseguiu na Justiça uma decisão que obriga os grevistas a manterem serviços mínimos de abastecimento. No entanto, dificuldades em estabelecer o que eram os critérios mínimos atrasaram o cumprimento desta medida, que só passaria a valer efetivamente a partir da madrugada desta quarta-feira.
A corrida aos postos de combustível, que acontece faltando pouco mais de um mês das eleições para o Parlamento Europeu, gerou uma onda de críticas ao primeiro-ministro português, o socialista António Costa. Líder do partido de oposição CDS-PP, a deputada Assunção Cristas atacou duramente o governo. "Esta é uma prova de mais um caso de incompetência por parte do governo", afirmou, classificando como caótica. Nos três primeiros meses do ano, foram mais de duzentos pré-avisos de greve.
 
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