Fortemente influenciado pelas ações da Petrobras, o Índice Bovespa teve na sexta-feira (12) sua quarta queda consecutiva. O recuo da empresa em aplicar reajuste de 5,7% no preço do óleo diesel, com influência do presidente Jair Bolsonaro, trouxe forte clima de desconfiança no mercado e os papéis terminaram o dia com perdas expressivas. Com volume financeiro superior à média dos últimos dias (R$ 20,2 bilhões), o Ibovespa terminou o pregão aos 92.875 pontos, em queda de 1,98%. No acumulado da semana, a perda foi de 4,36%.
O episódio da Petrobras acabou por agravar o clima que já era de indisposição do investidor. Petrobras ON e PN registraram perdas de 8,54% e 7,75%, respectivamente. Em valor de mercado, a estatal perdeu R$ 32,3 bilhões. As ações da BR Distribuidora caíram 4,10%. O "efeito Petrobras" acertou as ações de outras estatais. Banco do Brasil ON fechou em queda de 3,17% e Eletrobras ON e PNB perderam 5,24% e 4,97%, respectivamente.
O mercado de câmbio voltou a se estressar e o dólar chegou a bater em R$ 3,90 na sexta-feira, repercutindo a decisão do presidente Jair Bolsonaro de segurar o aumento do preço do diesel pela Petrobras. A sexta-feira foi de queda do dólar ante a maioria das moedas emergentes, após a China divulgar crescimento de suas exportações. Não fosse esse movimento de fraqueza do dólar, a alta aqui poderia ser ainda maior, ressaltam operadores. O dólar fechou com valorização de 0,83%, a R$ 3,8884. Na semana, a moeda americana acumulou alta de 0,43%. Com a valorização da sexta, o dólar apagou a queda no ano e passou a registrar alta de 0,33%.