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Economia

- Publicada em 14 de Abril de 2019 às 21:43

ABCM quer 1,8 mil MW a mais de geração a carvão

No RS, foram desativadas operações em Candiota, São Jerônimo e Charqueadas, com mais de 500 MW

No RS, foram desativadas operações em Candiota, São Jerônimo e Charqueadas, com mais de 500 MW


CRM/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
A estipulação de um programa de modernização do parque termelétrico a carvão nacional é uma das principais bandeiras da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM). O programa proposto pela entidade ao governo federal prevê 900 MW de geração nova com o mineral no Rio Grande do Sul e mais 900 MW em Santa Catarina (a soma das potências representa cerca da metade da demanda média de eletricidade dos gaúchos). Essa energia entraria no sistema até 2028 e significaria um investimento de aproximadamente US$ 5 bilhões. A atual capacidade de geração termelétrica a carvão no Brasil é de 1.227 MW com mineral nacional e mais 1.440 MW com insumo importado.
A estipulação de um programa de modernização do parque termelétrico a carvão nacional é uma das principais bandeiras da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM). O programa proposto pela entidade ao governo federal prevê 900 MW de geração nova com o mineral no Rio Grande do Sul e mais 900 MW em Santa Catarina (a soma das potências representa cerca da metade da demanda média de eletricidade dos gaúchos). Essa energia entraria no sistema até 2028 e significaria um investimento de aproximadamente US$ 5 bilhões. A atual capacidade de geração termelétrica a carvão no Brasil é de 1.227 MW com mineral nacional e mais 1.440 MW com insumo importado.
O presidente da ABCM, Fernando Zancan, enfatiza que a ideia consiste em tirar as térmicas antigas do sistema elétrico, substituindo por novas. O dirigente recorda que no Rio Grande do Sul já foram desativadas as usinas a carvão Fases A e B, do complexo termelétrico de Candiota, São Jerônimo e Charqueadas, que totalizavam mais de 500 MW. Zancan frisa que nota informática elaborada e finalizada no mês passado pela Secretaria de Energia Elétrica, do Ministério de Minas e Energia, aponta a necessidade de fazer o programa de modernização, o que traz otimismo para o setor.
O presidente da ABCM espera que, neste primeiro semestre, o assunto seja tratado e deliberado dentro do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que é o órgão de assessoramento da presidência da República para formulação de políticas e diretrizes de energia. O modelo para que a nova geração a carvão seja inserida no sistema elétrico terá que ser detalhado ainda, mas uma forte possibilidade é que seja através de leilões.
O carvão não está inserido na disputa do leilão A-4 (quatro anos para que o empreendimento forneça a energia) que será realizado pelo governo federal em 28 de junho. Contudo, Zancan diz que a fonte deverá participar quando, mais adiante, o governo promover um certame A-6 (seis anos para a entrega da eletricidade).
Sobre as chances de um empreendimento a carvão sair vencedor da concorrência, o dirigente argumenta que dependerá do mercado que será apresentado e do volume de energia que será contratado. Como a economia ainda está em um período de recuperação, a demanda apresentada no leilão pode não ser tão elevada. Quanto à relação do atual governo com o setor, Zancan enfatiza que se trata de uma gestão mais pró-negócios e sem medo de enfrentar tópicos "áridos" como carvão e energia nuclear.
O presidente da ABCM admite que a tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, teve reflexos no segmento de mineração, em geral. A atividade ficou superexposta na mídia, ressalta o dirigente. "Mas, quando caiu o avião da Boeing, o que aconteceu? Continuou-se a voar", frisa. Zancan argumenta que a mineração é uma atividade global, que precisa ser mantida, buscando a melhoria de processos. A respeito da carboquímica e do uso do carvão para produzir gás e insumos como ureia e amônia, o representante da ABCM vê a opção como uma forma de agregar valor a essa cadeia.
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