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Tecnologia

- Publicada em 14 de Abril de 2019 às 21:46

Entrega de comidas é só o começo, promete Blazoudakis

Blazoudakis já criou 17 startups, entre elas, o primeiro unicórnio brasileiro, a Movile

Blazoudakis já criou 17 startups, entre elas, o primeiro unicórnio brasileiro, a Movile


LUIZA PRADO/JC
Dezesseis centrais de entregas de comidas e outros produtos espalhadas por Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo gerando um incremento médio de 17% nas vendas nas praças de alimentação. Dois anos depois de o Delivery Center chegar ao mercado, os números da operação chamam a atenção. Prova disso foi o fato relevante publicado recentemente pela Multiplan, anunciando a aquisição de 18,79% no capital social da Delivery Center Holding S.A.
Dezesseis centrais de entregas de comidas e outros produtos espalhadas por Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo gerando um incremento médio de 17% nas vendas nas praças de alimentação. Dois anos depois de o Delivery Center chegar ao mercado, os números da operação chamam a atenção. Prova disso foi o fato relevante publicado recentemente pela Multiplan, anunciando a aquisição de 18,79% no capital social da Delivery Center Holding S.A.
O acordo prevê a exclusividade na operação e na instalação de centrais de entregas nos 18 shoppings atualmente administrados pela rede, além do investimento de R$ 12 milhões na operação. "Estamos fazendo um movimento único no mercado ao implantar uma plataforma aberta unindo diversas redes de shopping centers para criar centrais urbanas de entregas de comidas e do que não é comida", destaca o gaúcho Andreas Blazoudakis, fundador e CEO do Delivery Center.
Ele já criou 17 startups, entre elas, o primeiro unicórnio brasileiro, a Movile, avaliada em mais de US$ 1 bilhão, além de ter investido em empresas como iFood, Ingresso Rápido e Sympla. Em janeiro, começou a expansão para São Paulo, e a expectativa é, neste ano, chegar também em Belo Horizonte, Curitiba e Brasília. Até 2021, o Delivery Center quer inaugurar 200 unidades de entregas nos principais centros urbanos brasileiros. "Esse é só o começo da revolução", promete.
Jornal do Comércio - O que explica essa procura por redes tão importantes de shopping centers pelo Delivery Center?
Andreas Blazoudakis - Conseguimos aumentar o faturamento das praças de alimentação dos shoppings que adotaram o Delivery Center em cerca de 17%. Só em comida. A brMalls divulgou esse dado em um evento de acionistas, e isso gerou um grande impacto. O mercado viu que tem adesão dos lojistas e dos shoppings, reagiu positivamente, o que nos levou a abrir sociedade para demais shoppings. Fizemos uma rodada de investimentos, convidamos 10 redes e estamos conversando profundamente com cinco. Uma delas foi a Multiplan, já anunciada. Só com comida, mexemos com 1,3% no faturamento dos shoppings. Esse é só o começo de uma revolução. Imagina em 2021, quando esse modelo estiver mais amadurecido e passarmos a atender a toda essa demanda represada que existe.
JC - Como se deu a expansão?
Blazoudakis - A consolidação no Rio de Janeiro foi impactante. Nascemos no Rio Grande do Sul e, em 2018, criamos mais 11 centrais no Rio de Janeiro. Foi aí que começamos a chamar a atenção da brMalls, que entrou como acionista do Delivery Center no ano passado. Depois, expandimos para outros no estado, como Rede Ancar, Aliansce e Saphyr.
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JC - Como ter uma central de entregas dentro dos shoppings impacta as vendas?
Blazoudakis - Shopping center era o pior lugar de delivery do País. O motoboy entrava com a bag e precisava caminhar muito até chegar à praça de alimentação. Era uma demora de 15 minutos só para pegar o pedido no restaurante. Agora, o nosso motoboy já está lá, na central que instalamos. Isso reduziu de 15 minutos para dois minutos para ele pegar o pedido, o que impactou muito o tempo de entrega na casa dos clientes. Um dos reflexos disso foi que a nota dos restaurantes que passamos a atender começou a aumentar muito no iFood (plataforma líder no Brasil), passando de 3,7 para 4,5 ou 4,6. Quando isso acontece, o restaurante sai da quinta página no iFood para a primeira, o que aumenta muito a visibilidade e as vendas. Isso se espalhou, e, agora, estamos expandindo.
JC - A entrada em São Paulo será tão impactante como foi no Rio de Janeiro?
Blazoudakis - Estamos executando o plano de estar presente em 40 centros de entregas neste ano em São Paulo para cumprir o plano de 200 shoppings no Brasil até 2021. Quando chegarmos a esse número de shoppings, estaremos ajudando os estabelecimentos plugados na Delivery Center a movimentar US$ 1 bilhão por ano. A nossa receita média será 10% deste total de US$ 1 bilhão (US$ 100 milhões). A batalha está indo bem.
JC - Como a empresa se remunera?
Blazoudakis - O usuário faz o seu pedido pelo telefone do seu restaurante preferido ou por apps como iFood, Rappi ou DTudo (aplicativo próprio do Delivery Center). Cobramos 12% para fazer a gestão do processo de venda (tirar fotos dos produtos, colocar nos aplicativos parceiros e gerenciar todo o inventário do lojista para que eles sempre estejam com boa performance de vendas nesses apps) e 9% pela entrega - 21% para quem quer o serviço completo.
JC - Quando acontecerá a expansão em Porto Alegre?
Blazoudakis - Hoje, temos três operações (no Shopping Total, no Bourbon Wallig e na dark mall na Protásio Alves). Agora, com a parceria com a Multiplan, vamos entrar no BarraShoppingSul e no ParkShopping Canoas.
JC - Quando o Delivery Center foi lançado, uma das grandes inovações eram as dark ou cloud kitchens, espaços que reuniriam cozinhas de diferentes restaurantes em um mesmo espaço físico, apenas para entregas, e geridas por vocês. Esse modelo deu certo?
Blazoudakis - Sim. Em Porto Alegre, isso já acontece na nossa dark mall na avenida Protásio Alves. Temos 15 lojistas que já transferiram para o nosso espaço a produção dos produtos para atender à entrega. Aliás, não tem nenhum shopping que vende mais que essas unidades da capital gaúcha, o que mostra que esse modelo é superlegal. Agora, queremos levar isso para São Paulo e Rio de Janeiro - a expectativa é chegar a 20 espaços destes até 2021, cada um com cerca de 15 cozinhas diferentes. Mas claro que a expansão mais rápida se dá pelos shoppings, até porque montar uma estrutura como essa que temos em Porto Alegre custa muito caro - essa da Protásio exigiu investimentos de R$ 10 milhões.
JC - A chegada de José Galló como acionista era a chancela que buscavam para expandir ao segmento de "não comidas"?
Blazoudakis - A chegada do Galló como acionista é superimportante para a nossa expansão para as áreas de goods, já que ele conhece muito esse mercado de varejo on-line. Comida é só o começo da brincadeira. As nossas vendas nesses outros segmentos correspondem, hoje, a 6% do total, mas a meta é chegar a 60% até 2021 (antes do Galló, Blazoudakis já tinha trazido como acionistas as marcas Outback e Spoleto).

O Delivery Center

O Delivery Center atua como uma plataforma aberta, responsável por todo o processo de delivery, desde os pedidos de comida, bens de consumo, bens duráveis e serviços que chegam de diferentes canais de venda, passando por coleta, expedição e roteirização até a entrega e o pagamento.
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