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Agronegócios

- Publicada em 11 de Abril de 2019 às 22:29

Conab projeta safra de soja recorde no Rio Grande do Sul

Produtividade e área plantada impulsionaram desempenho no campo

Produtividade e área plantada impulsionaram desempenho no campo


/WENDERSON ARAUJO/TRILUX/CNA/DIVULGAÇÃO/JC
A safra 2018/2019 será marcada por novo recorde de produção de soja no Rio Grande do Sul. A projeção é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou, nesta quinta-feira, seu sétimo levantamento do ano-safra. De acordo com a estimativa, serão colhidas 18,748 milhões de toneladas da oleaginosa em solo gaúcho. Em relação ao ciclo anterior (2017/2018), a produção registra alta de 9,3%. No confronto com a supersafra registrada em 2016/2017, o total da soja é levemente superior (pouco menos de 0,02%) às 18,714 milhões de toneladas obtidas há dois ciclos.
A safra 2018/2019 será marcada por novo recorde de produção de soja no Rio Grande do Sul. A projeção é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou, nesta quinta-feira, seu sétimo levantamento do ano-safra. De acordo com a estimativa, serão colhidas 18,748 milhões de toneladas da oleaginosa em solo gaúcho. Em relação ao ciclo anterior (2017/2018), a produção registra alta de 9,3%. No confronto com a supersafra registrada em 2016/2017, o total da soja é levemente superior (pouco menos de 0,02%) às 18,714 milhões de toneladas obtidas há dois ciclos.
Mesmo com o empurrão do principal produto, a safra atual de grãos no Estado, que deve ficar em 34,787 milhões de toneladas, não deve bater a supersafra de grãos de 2016/2017, que chegou aos 35,5 milhões de toneladas. "Pelo clima, não vamos chegar lá", argumenta o assistente da superintendência gaúcha da Conab, Carlos Roberto Bestetti. O agrônomo garante, entretanto, que há possibilidade de a safra atual ser ainda maior do que a estimada, dependendo de confirmações das produtividades das lavouras que se encaminham para a parte final da colheita. Os dados divulgados agora foram levantados no fim de março, desconsiderando, portanto, a consolidação do início de abril.
Para a soja, a projeção da Conab se baseia nos aumentos da produtividade média, que chega a 3.245 kg/ha ( 7,7%), e na área plantada, que chegou a 5,777 milhões de hectares ( 1,5%). A produção, se confirmada, fará do Rio Grande do Sul o segundo maior produtor do País, ultrapassando o Paraná pela primeira vez em, pelo menos, 20 anos - o maior produtor segue sendo o Mato Grosso.
O estado das araucárias terá quebra de 14,6% na produção por conta de adversidades climáticas, atingindo 16,4 milhões de toneladas da oleaginosa, segundo a Conab. Mesmo assim, Bestetti defende que o Rio Grande do Sul tem potencial para permanecer na segunda colocação, pois a área plantada com soja aqui é maior do que no Paraná (5,4 milhões de hectares).
No arroz, a quebra no Estado é estimada em 11,7%, chegando a 7,472 milhões de toneladas. Mesmo com a queda na produção, o Rio Grande do Sul ainda é responsável por 70% do arroz brasileiro. A produtividade média gaúcha ficará em 7.466 kg/ha (-4,9%), para uma área plantada de 1 milhão de hectares (-7,1%).
Já para o milho, a projeção da Conab é de um aumento de 19,5% na produção, alcançando 5,768 milhões de toneladas. A expansão é fruto de ganho de 3,5% na área plantada, que chegou a 753,9 mil hectares, e de aumento de 15,4% na produtividade, que deve alcançar 7.651 mil kg/ha. O dado da área, argumenta Bestetti, é difícil de precisar até o fim da colheita. "A decisão de encaminhamento para grão ou silagem se dá no último dia", afirma o agrônomo, que projeta a área destinada para silagem acima de 300 mil hectares.
No País, a empresa revisou suas estimativas para uma safra de 235,3 milhões de toneladas, crescimento de 3,4% em relação à safra passada, produção que seria a segunda maior da história, atrás apenas de 2016/2017. Um dos principais motivos é a expansão do milho, cuja produção brasileira deve crescer 16,5%, chegando a 94 milhões de toneladas.
 

Técnicos agrícolas pedem ampliação dos valores de projetos de crédito rural

Técnicos agrícolas estaduais se reuniram com o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Fernando Schwanke, e pediram que sejam ampliados os valores máximos permitidos nos projetos de crédito rural assinados por eles. De acordo com os técnicos, há 16 anos, o teto para os projetos que podem aprovar é de R$ 150 mil. Alegam que a falta de reajuste está limitando o exercício da função, causando prejuízos tanto aos profissionais quanto aos interessados nos projetos.
Estiveram com Schwanke representantes da Federação dos Técnicos Agrícolas do Brasil (Finta-BR), da Associação dos Técnicos Agrícolas do Brasil (Atabrasil) e de sindicatos. Para que ocorra a atualização dos valores. Eles solicitaram a revisão do Decreto Federal nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, que dispõe sobre o exercício da profissão de técnico industrial e técnico agrícola de nível médio ou de 2º grau.
Na reunião, os técnicos agrícolas também pediram apoio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo e do Ministério da Agricultura para que seja realizada a eleição do Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas, com base no Decreto nº 9.461, de 8 de agosto de 2018, que regulamenta o processo para eleição da primeira diretoria do Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas e de seus respectivos conselhos regionais.

Secretaria orienta para controle de raiva herbívora

Dezesseis focos de raiva herbívora foram registrados no Estado até 8 de abril, sendo 12 no primeiro trimestre. Técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) acompanham a situação na região de Soledade, onde há registro de quatro focos. A incidência da doença, que é causada por um vírus transmitido por morcegos, abrange nove municípios. Em São Valentim, Muçum, Ibirapuitã, Tio Hugo e Mormaço, mais de 60 animais morreram em 12 propriedades.
Em 2018, o Rio Grande do Sul contabilizou 34 focos de raiva em 24 municípios. No primeiro trimestre, houve sete casos. Os técnicos consideram o aumento verificado agora dentro do esperado, pois a circulação de animais portadores da doença é permanente. As causas da elevação podem ser várias, entre elas, fatores que causam desequilíbrios ambientais, como alagamentos, desmatamentos e queimadas.
As ocorrências estão dentro da normalidade dos registros históricos observados no Estado nos últimos 10 anos. O último caso de raiva humana registrado ocorreu há 37 anos. A Seapdr é responsável pelo controle populacional de morcegos hematófagos, autorizada por instrução normativa do Ibama de 2006.
O controle da raiva herbívora está fundamentado em três medidas, que devem ser adotadas de forma sistemática: vacinação, controle populacional do morcego hematófago Desmodus rotundus (principal transmissor da enfermidade) e atuação em focos. "Se pecuaristas constatarem marcas de mordidas em animais, nossa orientação é que eles procurem o serviço de vigilância em saúde municipal e comuniquem a Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima", afirma o secretário Covatti Filho.
O analista ambiental André Witt, da Seapdr, orienta os proprietários que tiveram contato com o animal doente, em um perímetro de 10 quilômetros (delimitado como área do foco), a procurarem a vigilância em saúde do seu município para avaliação do quadro. A vacina contra a raiva em humanos é gratuita e está disponível nos postos de saúde.